Os advogados de Leniel Borel, pai do menino Henry, entregaram um documento à Justiça na segunda-feira (23), em que pedem ajuda da Polícia Federal para obter dados dos seis celulares de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho – acusado da morte de Henry.
O documento lembra que foram oito tentativas de análise nos seis aparelhos encontrados com o ex-vereador, das quais seis retornaram sem dados e duas não foram possíveis dado o bloqueio empregados nos aparelhos.
O Instituto de Criminalística Carlos Éboli, do Rio de Janeiro, responsável por esse tipo de análise justificou a ausência de dados explicando que todos os recursos computacionais da unidade foram usados, mas não foi possível retirar ou desativar o bloqueio do usuário e extrair e analisar os dados.
“Estamos pedindo ajuda da Polícia Federal e da sua tecnologia para obtenção de dados porque, dos seis celulares que a polícia prendeu com o Jairo, um tinha poucos dados e o outro sofreu um apagão em massa dos dias 8 a 12 de março, dias posteriores à morte do Henry. É muito estranho o fato dessas conversas não serem recuperadas. Não quero saber se ele falou com político ou gente importante, quero saber o que aconteceu com meu filho naquela noite”, diz Leniel Borel sobre a noite em que o filho foi encontrado morto no apartamento de Jairinho e Monique Medeiros – mãe do menino -, com 23 lesões no corpo.
Extração de dados é questionada pela defesa de Jairo
A petição pede ainda que a Justiça mantenha a legalidade da apreensão dos aparelhos e a extração de dados, que é questionada pela defesa de Jairinho. Por fim, pede que todo o material seja encaminhado para a Coordenação Geral de Tecnologia da Informação (CGTI) da Superintendência da Polícia Federal.
“A obtenção desses dados é fundamental, visto que as conversas obtidas do celular da Monique com a babá, por exemplo, mudaram a condução do caso. Queremos saber o que tinha nas conversas do Jairo dos dias 8 a 12 de março, cujo celular principal sofreu um apagão, e os dados não foram recuperados”, reforça Leniel.
Jairo ligou para delegado da operação Calígula
O pai de Henry Borel lembra ainda que Dr. Jairinho falou com personagens importantes do Rio de Janeiro. Como o diretor do hospital Barra D'or, para onde Henry foi levado, e o delegado Marcos Cipriano, que foi preso na "Operação Calígula".