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Auxílio Brasil de R$ 600 é considerado insuficiente por mais da metade dos beneficiários

Maioria do eleitorado (61%) acredita que pacote de benefícios foi criado para ganhar votos
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Amanda Omura

Pesquisa Datafolha divulgada pelo site do jornal "Folha de S. Paulo" nesta segunda-feira (1º) aponta que mais da metade dos beneficiários do Auxílio Brasil considera o valor de R$ 600 insuficiente.

A quantia mínima do benefício foi ampliada em R$ 200 pelo Congresso, mas o acréscimo só será pago de agosto até dezembro deste ano.

De acordo com o instituto, entre os que recebem o benefício, 54% consideram o valor insuficiente, 38% classificam como suficiente e 8% como mais que suficiente.

Já no eleitorado geral, 56% consideram o valor insuficiente, enquanto 36% dizem que é suficiente e 7% afirmam que o montante é mais que suficiente.

A pesquisa ouviu 2.566 eleitores nos dias 27 e 28 de julho em 183 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Em uma pesquisa em maio, em que os entrevistados foram perguntados do valor do benefício — na época em R$ 400 —, 69% dos beneficiários afirmaram que o valor era insuficiente, 29% disseram que era suficiente e 2% afirmaram que era mais que suficiente.

Ainda segundo o levantamento, 25% dos entrevistados recebem ou moram com um beneficiário do programa. Em maio, eram 21%. A maior parte dos beneficiários (63%) são mulheres.

Maioria vê movimento eleitoreiro
Questionados sobre os motivos que levaram o governo a oferecer pacote de benefícios programados para acabar no final do ano, 61% dos eleitores afirmaram que o principal motivo é ganhar votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Outros 31% disseram que era para ajudar quem está precisando, enquanto 6% disseram que era para ganhar votos e ajudar quem está precisando. Não souberam responder 2% dos entrevistados.

Além do acréscimo no Auxílio Brasil, a PEC aprovada pelo Congresso com o apoio do governo também aumentou o valor do Auxílio Gás e criou benefícios para taxistas e caminhoneiros.

Entre os beneficiários do programa, 59% veem um movimento eleitoral e 32% dizem que é para ajudar quem precisa.

Os números se invertem quando o instituto faz um recorte entre os que apoiam o governo. Neste grupo, 20% veem o pacote como um movimento para ganhar votos e 68% dizem que é para ajudar os mais pobres.

Entre os que reprovam o governo, 87% dizem que é para ganhar votos e 9% para ajudar quem precisa. Os mais jovens, de 16 a 24 anos, também veem majoritariamente (69%) o pacote com o objetivo eleitoreiro.

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