As empresas de apostas de quota fixa que ainda não pediram autorização para funcionar terão a atuação suspensa a partir do próximo dia 1º de outubro, informou o Ministério da Fazenda nesta terça-feira (17).
Segundo Portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), a partir do próximo mês e até o final de dezembro, só poderão continuar funcionando empresas de apostas que já estão atuando e que solicitaram autorização para explorar a modalidade lotérica de apostas de quota fixa até a última segunda-feira (16).
A partir de outubro, as empresas que não pediram autorização serão classificadas como ilegais até que tenha o funcionamento liberado pela Fazenda. Os sites de apostas que operarem no Brasil sem autorização ficarão sujeitos às penalidades previstas em lei, que prevê multas de até R$ 2 bilhões por infração.
Quem solicitou a autorização, mas ainda não estava atuando, terá que aguardar para iniciar a operação em janeiro — isso caso consiga a liberação por parte do ministério e mediante o cumprimento de todos os requisitos.
A expectativa é que a Fazenda conclua o processo de análise dos primeiros pedidos recebidos e que a partir de 1º de janeiro de 2025, quando terá início o mercado regulado de apostas no Brasil, apenas as empresas que se enquadrarem na lei e nas portarias de regulamentação da pasta continuem atuando.
Ainda de acordo com o ministério, as empresas aprovadas terão de pagar a outorga de R$ 30 milhões ainda este ano para começar a funcionar e, a partir de janeiro, também precisarão cumprir com todas as regras de combate à fraude, à lavagem de dinheiro, à publicidade abusiva, entre outras.
As casas de apostas autorizadas que pagarem esses R$ 30 milhões poderão explorar até três marcas durante cinco anos. Até o final de agosto, cinco empresas haviam feito um pedido extra e, se aprovadas, poderão explorar até seis marcas cada uma.
Em nota oficial, o secretario de prêmios e apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, afirmou que a pasta manterá o período de adequação até o fim de dezembro somente para quem já demonstrou que "quer atuar conforme a lei".
"Têm vindo à tona muitas operações policiais envolvendo empresas que atuam no mercado de apostas de forma criminosa. Essa foi a forma que encontramos de não aguardar até janeiro para começar a separar o joio do trigo", disse Dudena.
"Queremos proteger a saúde mental, financeira e física do apostador, coibindo a atuação de empresas que utilizam as apostas esportivas e os jogos on-line como meio de cometer fraudes e lavagem de dinheiro", acrescentou.
O secretário ainda reforçou que o período de adequação "não pode ser usado para descumprir as leis já vigentes", como as leis de Lavagem de Dinheiro, de Crimes Financeiros ou o Código de Defesa do Consumidor, por exemplo.
Posts Relacionados
Empresas de apostas que não pediram autorização terão funcionamento suspenso
Bets terão que pagar R$ 30 milhões para começar a funcionar a partir de janeiro de 2025
Superquarta: entenda por que o BC do Brasil vai subir os juros, enquanto os EUA vão baixar
O banco central dos EUA deve finalmente dar início ao ciclo de redução dos juros americanos
Conta de luz: ministro fala em revisar bandeira tarifária
Brasil vive estiagem histórica que afeta negativamente as bacias das hidrelétricas, principal fonte do país
Eventos climáticos extremos dificultam produção agrícola em várias partes do mundo
Nos últimos 30 anos, o mundo perdeu US$ 3,8 trilhões em produção agrícola e pecuária
Como vai funcionar distribuição de botijões de gás para beneficiários do Bolsa Família
Governo lançou Política Nacional de Transição Energética, e texto ainda vai passar pelo Congresso
Como ajudar o esporte brasileiro e deduzir no Imposto de Renda?
A lei do incentivo ao esporte permite que os contribuintes façam doações a projetos desportivos
Desemprego cai em 15 estados no 2º trimestre de 2024, diz IBGE
As maiores taxas de desemprego por estados foram encontradas em Pernambuco (11,5%)
Marco temporal: STF começa a negociar conciliação sobre demarcação de terras
Supremo Tribunal Federal definiu que marco temporal é inconstitucional, mas Legislativo aprovou lei dizendo o oposto