A partir da próxima semana, quase 88 milhões de brasileiros já começam a receber a primeira parcela do 13º salário, mas já tem muita gente gastando por conta.
O arquiteto Alan de Lima é uma dessas pessoas, mas garante que parte do dinheiro será reservado para gastos fixos. "De início de ano né, como IPVA, IPTU e seguro do carro", diz.
O comércio está otimista, mas aposta no pagamento da segunda parcela, que ocorre em dezembro. Para a Confederação Nacional do Comércio, vai ser melhor do que no ano passado.
"As vendas de Natal devem movimentar quase R$ 70 milhões, portanto mais da metade do efeito do consumo sobre o comércio pode ser atribuído ao 13° salário", explica o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio.
A recomendação dos especialistas, no entanto, é para quem tiver dívida priorizar os acertos das contas.
"Se você está com aluguel atrasado, se tem conta atrasada, isso é prioridade", explica Myrian Lund, especialista em finanças pessoais e professora da FGV.
Poupando o que sobra
A funcionária pública aposentada Neuza Barbosa não tem problemas com dívida e diz que vai deixar para a poupança. O professor aposentado Chester Pereira Nunes Silva também garantiu que vai poupar.
"Alguém da família adoece, então você tem que ter uma reserva", diz.
Essa também é a dica da especialista Myrian Lund. "Uma reserva de emergência não é só para coisas ruins, mas também para coisas boas. É para dar qualidade de vida, para você poder fazer escolhas", fala.
E se for para compra de Natal, ela recomenda uma lembrancinha ou algo que tenha mais significado.
Quem tem direito ao 13°?
O 13° é um direito de quem trabalha com carteira assinada, aposentados, pensionistas e empregados domésticos. Ao todo, são 87,7 milhões de pessoas no Brasil e o valor varia de acordo com o salário de cada um.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a média a ser paga em 2023 é de R$ 3.057.
Número de jovens contratados para vagas temporárias
Os próximos meses reservam grandes chances para os jovens no mercado de trabalho brasileiro. A estimativa é que, das 260 mil vagas temporárias criadas, mais da metade seja para quem tem entre 17 e 29 anos. A oportunidade está principalmente na faixa entre 18 e 24 anos, com 88 mil postos de trabalho, o maior número desde 2014, segundo a Confederação Nacional do Comércio.
O período de vagas temporárias começou em setembro, mas é agora que ganha força: 60% das contratações são feitas em novembro e a maioria não exige experiência prévia.