Fora o exuberante futebol apresentado pela seleção brasileira em 1970, uma das características daquela Copa do México foi o aumento na média de gols de modo geral. Após duas Copas com menos bolas na rede, em 1962 e 1966, quem acompanhou a edição de 1970 viu uma pequena melhora, com a média de gols ficando praticamente em três por partida (2,97), o que nunca mais se repetiu. Desde então, as seleções se fecharam, e a média de gols foi variando sempre abaixo disso, com picos de crescimento em 1982 (2,81), 1994 (2,71) e 2014 (2,67).
Neste ano se espera uma Copa do Mundo de nível técnico elevado, já que diferentemente de outras edições, o Mundial será disputado em início de temporada europeia, continente que reúne os melhores jogadores da atualidade. Mas os defensores também estarão menos desgastados fisicamente.
Embora não seja possível prever quantos gols serão marcados neste Mundial, listamos as médias de gols marcados e sofridos desde o final da Copa da Rússia, em 2018, pelos classificados para a Copa do Catar.
Brasil tem melhor defesa pós-Copa da Rússia
Sinal dos tempos em que a primeira preocupação é não sofrer o primeiro gol do jogo, o Brasil chega à Copa do Catar com a menor média de gols sofridos nos jogos disputados após o encerramento da último Mundial, levando em média 0,38 em cada uma das 50 partidas que disputou no período. Foram apenas 19 gols sofridos após a derrota por 2 a 1 para a Bélgica que eliminou o Brasil da Copa passada. Das seleções mais tradicionais, já campeãs mundiais, quem mais se aproxima dessa marca é a Argentina, com 0,55 gol sofrido por jogo. Levou 27 em 49 partidas.
Evidentemente, o nível dos adversários está diretamente ligado ao desempenho de cada seleção classificada para a Copa. No atual ciclo para a Copa do Mundo, por exemplo, o Brasil praticamente não enfrentou seleções europeias (fez um amistoso contra a República Tcheca, em 2019), restando, além dos jogos oficiais contra os rivais sul-americanos, amistosos contra Arábia Saudita, Camarões, Catar, Coreia do Sul e Japão, por exemplo.
Canadá aparece como melhor ataque
Ao enfrentar essencialmente seleções da Concacaf (América do Norte, Central e do Caribe), o Canadá chega ao Mundial com a maior média de gols (2,74). Mas a esperança de termos uma Copa com muitos gols está nos pés, principalmente, de Bélgica (2,61), Alemanha ( 2,48), Inglaterra (2,39) e Holanda (2,33). Será? Logo em seguida aparecem Espanha e Irã (2,24), e Brasil (2,22).