"Este título foi muito gratificante. Como fiz grandes números, hoje eu me tornei uma lenda no clube. Nunca vou esquecer disso na minha vida", diz orgulhoso o atacante Markão, após conquistar a primeira Superliga Chinesa da história do Wuhan Three Towns em 2022.
Pouco conhecido no Brasil, Marcos Vinicius Amaral Alves vive o auge da carreira aos 28 anos e assina contrato com o tradicional Al Ahli, da Arábia Saudita, que acaba de cair para a segunda divisão nacional.
- Eu estive na Coreia, fomos campeões da segunda divisão e na primeira divisão a gente ficou em segundo. Na China fui campeão da segunda divisão e, no ano passado, fui campeão da primeira divisão também. E agora estou indo para um projeto de pegar um time grande, que está na segunda divisão e, quem sabe, conquistar títulos também - disse o centroavante.
Após 27 gols em 26 jogos pelo Wuhan, em 2022, e um passado de números expressivos também no futebol da Coreia do Sul, Markão tem uma meta ousada: ser o melhor jogador do país onde atua Cristiano Ronaldo. - Eu conversei com o Talisca, que é um amigo meu. Hoje ele joga com o Cristiano Ronaldo. Ele me passou informações bacanas. É meu terceiro país. Sei como funciona a questão da alimentação, cultura… E quem não quer jogar contra um Cristiano Ronaldo?! Agora eu quero ser o melhor jogador da Arábia, independente de quem jogue lá - afirmou o brasileiro.
Amor pelo basquete
Com 1,95m, Markão se considera melhor atuando no basquete do que no futebol. Apaixonado pelo esporte da bola laranja, o atleta iniciou no futebol, mas migrou para a outra modalidade para se aproximar do pai, treinador de basquete. A paixão virou amor e o menino planejou seguir carreira. Porém, motivado a ajudar a família, voltou para o esporte que é paixão nacional.
- Eu me achava melhor no basquete do que no futebol… Sempre achei isso, até hoje. Tinha planos de ir para os EUA tentar uma bolsa para seguir no basquete. Só que eu fui fazer uma pelada no futebol e tinham olheiros do Ituano que me viram e gostaram de mim. Como eu morava com a minha mãe, e ela era muito mais simples que o meu pai, então eu tinha uma escolha a fazer. Abri mão de jogar basquete, que era meu sonho e do meu pai, para ajudar minha mãe - conta o atacante.
Bom em ambas as modalidades, Markão teve que escolher pela razão e não pela emoção, já que acreditava ter maior possibilidade de crescer financeiramente no futebol. Ele acredita que traz consigo qualidades adquiridas no basquete para os gramados.