As fortes declarações de Cássio depois da derrota para o Argentinos Juniors, terça-feira, pela Copa Sul-Americana, geraram uma movimentação imediata no Corinthians. Há um planejamento por parte da comissão técnica de se reunir com o capitão do time até quinta-feira para medir o tamanho do incômodo com as críticas pelo mau momento da equipe.
Diante do desabafo na Argentina, Cássio pode ser preservado para o duelo de domingo, às 16h (de Brasília), contra o Fluminense, na Neo Química Arena, pelo Brasileirão.
Neste caso, Carlos Miguel assumiria a posição no gol neste fim de semana. Tal mudança, contudo, dependerá da conversa entre o camisa 12 e a comissão técnica nos próximos dias, mas a tendência é que Cássio fique fora dos titulares no domingo.
O desabafo de Cássio ocorre diante da pior sequência de jogos do Corinthians sob o comando de António Oliveira. São quatro jogos sem fazer gols e sem vencer na temporada.
Neste período, o goleiro admitiu ter cometido falhas diante de Juventude e Argentinos Juniors. Porém, desabafou com o tom das críticas recebidas nos últimos dias e não descartou ir embora.
– Quando começou o ano, sabia que seria assim, a conta iria sempre sobrar para mim. Se eu tomo gol de pênalti hoje, a falha é minha. Estou indo até em psicólogo, psiquiatra, está f… Difícil, difícil, tenho apanhado que nem um cachorro – declarou ao “SBT”.
Perder a posição neste momento seria uma maneira de retirar o foco da crise sobre o goleiro que soma mais de 700 jogos e é um dos nomes mais importantes da história do clube. Cássio soma nove títulos com a camisa do Timão.
O goleiro possui contrato até o fim da temporada e ainda não avançou na conversa para uma possível renovação.
Internamente, Cássio é elogiado pela postura no dia a dia e o papel de líder exercido nos vestiários, ainda mais nesta temporada com as saídas de nomes como Fábio Santos, Renato Augusto e Gil.
Além da conversa com António Oliveira e comissão, Cássio também receberá apoio da cúpula corintiana, como assegurou Fabinho Soldado.
– É entender que ele é o Cássio. Conversamos alguma coisa aqui (Argentina) com ele, mas é entender primeiro o ser humano, que é um desabafo importante, sério, por trás do atleta, por trás desse grande ídolo que é o Cássio, existe um ser humano e temos que tratar esse caso com muita atenção – disse o diretor executivo.