O rompimento do Cruzeiro com a Minas Arena é tema de divergência nos bastidores da gestão de Ronaldo desde o ano passado. O Fenômeno era defensor, desde os últimos meses de 2022, do rompimento com a Minas Arena. Mas, segundo o próprio, pessoas de confiança da gestão acreditavam em uma melhoria no acordo. O ex-jogador fez valer seu voto final.
O desejo de Ronaldo era romper o vínculo com a administração desde o último trimestre de 2022. Mas o CEO do Cruzeiro, Gabriel Lima, e o diretor operacional, Enrico Ambrogini, mostraram ao Fenômeno que seria possível melhorar as situações e pediram mais tempo para conseguir o acordo.
- Dei o voto de confiança ao Gabriel e ao Enrico para que tocasse essa relação com a Minas Arena. A minha vontade era ter rompido a relação com a Minas Arena, desde o ano passado, porque as condições sempre foram horríveis para o Cruzeiro - revelou o Fenômeno em entrevista à Ronaldo TV.
Sem conseguir ser atendido na proposta feita para a temporada 2023, Ronaldo anunciou em live que estaria rompido com a Minas Arena, o que pegou a administração do estádio de surpresa nos bastidores. A situação causou desconforto entre as partes e fez o Governo de Minas entrar no assunto e criar um comitê para solucionar a crise.
Apesar do discurso do ex-jogador, nos bastidores, há esperança de uma retomada do diálogo para que a Raposa possa levar jogos para o Mineirão em 2023.
A nós do acordo
Para 2023, o Mineirão propôs que os moldes do acordo de 2022 com o Cruzeiro fossem mantidos. O time mineiro iria ter controle na negociação da venda de ingressos e repassaria a porcentagem de 15% ao estádio - um aumento de 3% em relação ao ano passado, em função da disputa da Série A.
Entretanto, os ganhos com publicidade, estacionamento, bares, camarotes anuais (negociados pela Minas Arena) e publicidades no estádio ficam a cargo da administradora. O Cruzeiro tem o desejo também de uma fatia dessas partes para aumentar os ganhos num dia que é destinado a ele. A Minas Arena não aceita.
O clube também tem interesse de melhorar a estrutura do estádio, no acesso do torcedor e também a qualidade do gramado, participando ativamente da administração. O Mineirão, por sua vez, diz que o proposto pelo Cruzeiro não se encaixa nos anseios da administração. Trariam mais custos.