"A minha vaidade é o Flamengo ganhar".
"O legado que fica é: "Tenta superar essa geração de 2019".
Gigantes na história do Flamengo , os ídolos Ronaldo Angelim e Filipe Luís têm origens e estilos de vida e de jogo completamente distintos. O que os une é o amor pelo vermelho e preto e a vontade de ver o clube acima de objetivos pessoais.
Antes mesmo de virar o herói do hexa, Angelim conquistou a torcida do Flamengo com a frase que abre esta matéria, dita durante documentário sobre o tricampeonato estadual de 2009.
O autor da segunda frase tem vocabulário mais extenso do que Angelim. Fala línguas estrangeiras e fez carreira de sucesso na Europa. É ídolo do Atlético de Madrid e também atuou em Holanda e Inglaterra. Gastou algumas palavras a mais para dizer "o mesmo" que o ex-zagueiro quando perguntado sobre qual legado deixa para seus sucessores.
- Qual o legado? Deixar o sarrafo alto, gosto da exigência. Eu cobro muito. Lá no CT, eu cobro grama. Mas você reclama muito, hein? Reclamo. Flamengo é o melhor e precisa ter o melhor. Melhor gramado, melhor viagem, melhor logística, melhor cama, melhor almofada, melhor comida. Precisa ter. Chato pra caramba? Chato. Quando Junior veio aqui, é insuperável. São quase 900 jogos pelo clube, campeão mundial e campeão da Libertadores. Insuperável, mas dá para fazer história. O Flamengo tradicionalmente tem laterais históricos. Quando foi campeão, teve laterais bons.
- O legado que fica é: "Tenta superar essa geração de 2019". Porque daí quem ganha é o Flamengo, tem que ter essa ambição. Eu, como flamenguista, não quero que passem 38 anos para voltar a ganhar a Libertadores ou para se fazer um time histórico. Eu quero que seja em 2024. Quero que venham jogadores que queiram superar aquela geração de 2019.
Com essa ressignificação da ideia de Ronaldo Angelim traduzida por outras palavras, Filipe Luís torce para que Ayrton se junte a ele a Junior e Athirson num seleto grupo de laterais-esquerdos históricos do Flamengo.