Contundência, entendimento do ambiente e timing certo para acelerar o jogo marcaram goleada que aproximou ainda mais o grupo da arquibancada, com direito a olé e confiança redobrada para novo desafio crucial contra o Racing, na quinta-feira. Os 4 a 1 do Flamengo sobre o Vasco permitiram aos rubro-negros curtirem intensamente desde o primeiro tempo artilheiro à etapa final de inteligência e prudência com foco nos próximos objetivos.
Ousadia vascaína abre buraco para Gerson e Pulgar reinarem
Pressionado pela presença na zona de rebaixamento, o Vasco iniciou o jogo com um ousado plano de exercer marcação alta contra um time superior tecnicamente. A estratégia de Barbieri parecia dar certo com o Flamengo acuado e sem a bola, mas foi efêmera e durou menos de 15 minutos. Com uma linha defensiva de cinco jogadores e a pressão no campo de defesa rubro-negro, os vascaínos ofereceram um buraco na zona central.
Aos 13, veio o primeiro gol. Pedro roubou bola, Arrascaeta sofreu falta, e o Vasco, entrincheirado em sua área com cinco homens, viu Pulgar aproveitar a vantagem, pegar a sobra completamente livre e acertar o ângulo de Léo Jardim. Golaço.
O segundo, aos 15. Gerson deixou a intermediária em alta velocidade sem que Orellano observasse, estendeu a mão esquerda e pediu o cruzamento. Arrascaeta atendeu com perfeição, e o Coringa assinou obra construída em 23 segundos, com 21 passes e sete jogadores envolvidos.
Dois gols num intervalo de dois minutos. Dois gols em apenas duas finalizações. O Flamengo encontrava a contundência tão desejada e falada por Sampaoli.
No terceiro, já sobrando no meio-campo, 23 toques na bola em 28 segundos com direito a dois dribles de Matheus França e mudanças de direção. O gol dividido entre Ayrton Lucas e Pedro - na súmula, o 9 levou o crédito - foi a prova de solidariedade de um time que novamente teve paciência para o momento correto da estocada.
O quarto premia o bom posicionamento defensivo na bola parada, a genialidade de Gerson, que disputou bola e girou para lançar, e a alucinada "carreira", como dizem os nordestinos, de Ayrton Lucas. O potiguar, um dos jogadores mais velozes do elenco, disparou, ganhou dividida, deixou quatro para trás, entre eles o goleiro Léo Jardim, e guardou.