A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) realizou nesta terça-feira, às 11h, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), uma Assembleia Geral Extraordinária presencial que aprovou o novo cálculo de divisão de receita da associação, bem mais próximo do que pede o outro bloco, a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF).
A divisão de receitas, pelo novo modelo votado, fica em 40% igualitário, 30% de performance e 30% de engajamento medido somente por audiência. Isso durante a transição. Os critérios permanecem após esse período, mas o modelo muda para 45-30-25, como é na LFF.
A transição, pelo que propõe a Libra, deve ser até que a soma dos contratos de transmissão cheguem ao patamar de R$ 2,8 bilhões. Atualmente, esse montante é de R$ 2,1 bilhões. Dessa forma, os clubes de maior arrecadação não perderiam dinheiro com a mudança.
Os números aprovados na assembleia levam a uma diferença final entre o que recebe o primeiro e o último clube da fila do rateio de 3.9 vezes em um período de transição e 3.4 vezes após essa fase.
O cálculo já é muito mais próximo do que o que é exigido pelos integrantes do outro bloco, a LFF, desde o início das negociações: 3.5 vezes. Antes da votação desta terça, a matemática vigente no estatuto da Libra gerava uma diferença de 4.88 vezes do primeiro para o último da arrecadação.
Alguns dirigentes participaram via internet (veja lista no fim do texto). Uma comissão de clubes foi formada para apresentar a nova proposta e, dessa forma, enfim iniciar uma discussão objetiva sobre a divisão de receitas de uma liga única: Alberto Guerra (Grêmio), Duílio Monteiro (Corinthians), Gabriel Lima (Cruzeiro), Guilherme Bellintani (Bahia), Rodolpho Landim (Flamengo) e Thairo Arruda (Botafogo).
- O prazo é para ontem, como a gente brinca. A ideia é trazer todo mundo para baixo da mesma sociedade, da mesma organização, para ter os mesmos critérios de divisão. Se, na frente, o entendimento for também compor os blocos com esses fundos de investimento, será questão destes fundos se entenderem - disse Alberto Guerra, presidente do Grêmio.
Outra questão relevante foi discutida e houve avanços, mas não aconteceu votação. A derrubada da necessidade de unanimidade para as votações como alteração no rateio de receitas ficou para ser deliberada na próxima assembleia. A tendência é que passe a se exigir maioria de 85%.