A trajetória vitoriosa de Marcelo no Real Madrid chegou ao fim. O lateral se despediu de forma oficial do clube merengue nesta segunda-feira, em evento oficial realizado no estádio Santiago Bernabéu, junto ao presidente Florentino Pérez. O brasileiro concedeu uma última entrevista coletiva e posou ao lado dos 25 troféus que conquistou na equipe, descartando a aposentadoria.
- Hoje é o dia mais feliz desde que cheguei ao Real. Porque estou saindo e percebo que deixei um legado. Meus companheiros não me veem como Marcelo que faz pouco, mas como uma grande pessoa. Não penso muito no futuro… O mais difícil é dizer adeus. Vestir esta camisa é a coisa mais linda. O futuro não me assusta porque a história já está escrita - disse.
Florentino foi o mestre de cerimônias para a despedida de Marcelo e tentou demonstrar carinho pelo atleta ao longo do evento. Ele afirmou que o brasileiro, que chegou ao clube aos 18 anos, em 2007, vindo do Fluminense, se tornou homem no clube espanhol.
- Caro Marcelo, você realizou todos os sonhos. Ganhou absolutamente tudo, um total de 25 títulos. É sem dúvidas um dos melhores defensores da história do futebol mundial. O Real Madrid é e sempre será a sua casa. Você tem que estar muito orgulhoso de tudo que conquistou no melhor clube do mundo - afirmou o mandatário.
Marcelo se mostrou muito emocionado ao longo de toda a cerimônia. Quando foi realizar seu pronunciamento, caiu em lágrimas, e depois fez agradecimentos a funcionários, familiares, companheiros e ex-companheiros, como o ex-atacante Raúl.
Em sua entrevista coletiva, Marcelo preferiu fugir de comparações com o ex-lateral Roberto Carlos, outra lenda merengue e de quem acabou sendo substituto. E destacou que "não há outro como Roberto", e que o compatriota "é o melhor da história.
O brasileiro indicou que teve sorte de jogar no Real Madrid e não ter sofrido com lesões. Além disso, pontuou como reagiu nas últimas temporadas, quando perdeu espaço e passou a ser um atleta experiente que auxiliava mais fora do campo.
- Eu falei com os treinadores e disse que queria jogar, mas os treinadores que decidem. Eu pude falar com eles, sentia que podia jogar mais, mas cada um tem sua filosofia. Nesta temporada eu entendi outra coisa, que o protagonismo não está em campo, mas em todos. Fui egoísta falando com Zidane e Ancelotti, mas entendi que poderia ajudar de outras maneiras. Mas claro que queria jogar me incomodava, porque no dia que isso não acontecer, me aposento - disse o jogador de 34 anos.