O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das apostas esportivas, o deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI), é a favor de um novo modelo de jogo, sem a opções de “acessórios” do futebol, ou seja, cartões, escanteios, pênaltis e etc. Segundo ele, isso vai diminuir o leque de possibilidades de manipulação de resultados. O deputado utilizou formato utilizado na França para exemplificar sua ideia.
"O modelo adotado na França acho que pode ser adotado no Brasil, com a criação de uma agência reguladora. Lá é proibido apostar em acessórios do futebol, como escanteios, pênaltis, cartão amarelo, lateral, etc." — declarou o presidente da CPI das apostas esportivas.
- Você aposta no resultado do primeiro tempo, do segundo tempo e no resultado final. Acho que isso você já tira muito da manipulação – completou.
De acordo com Júlio Arcoverde, a CPI deve possuir um papel além de atribuir punições, neste caso, a comissão deve propor também projetos de regulamentações e fiscalizações das apostas esportivas no Brasil. O deputado ainda fez questão de citar novamente o modelo francês.
"A CPI tem que ser fundada na punição, mas também propositiva. Que paralelo à CPI, a gente possa preparar um projeto de lei para fazer uma regulamentação junto com o Ministério da Fazenda" — afirmou Júlio Arcoverde.
- Posso citar a França, que tem uma agência reguladora de apostas. São várias propostas, estamos estudando o que está acontecendo no mundo, porque não é um problema só do Brasil – concluiu.
CPI da Manipulação no Futebol
A CPI foi instalada depois dos desdobramentos da Operação Penalidade Máxima, de Goiás, que apura denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro.
O colegiado é composta por 34 titulares e 34 suplentes, com nomes ligados ao esporte, como Maurício do Vôlei (PL-MG), ex-jogador da seleção brasileira, e Eduardo Bandeira de Melo (PSB-RJ), presidente do Flamengo entre 2013 e 2018.