Tite afirmou que não vai opinar na decisão de quem será o sucessor da Seleção após a Copa do Mundo, já que ele não ficará para o próximo ciclo. O treinador disse não se sentir "eticamente" confortável para influenciar nessa decisão, mas que torce para que seja um técnico brasileiro.
- Não me sinto confortável. Me sinto muito mal. Posso? Posso, mas não quero. Não fiz isso no Corinthians sendo campeão brasileiro e mundial. Tem que pegar executivos com capacidade de entender o que tinha, o que pode manter. Torço para que seja um profissional brasileiro. É o meu sentimento. Nos últimos cinco campeões mundiais sul-americanos, quatro foram treinados por brasileiros: Tite, Abel, Autuori e Felipão, o outro foi Bianchi. Então temos capacidade e profissionais identificados com a cultura e o país.
- É a minha posição, mas não me sinto confortável em indicar um nome. Tem profissionais que são parecidos com o que eu penso sobre futebol, mas não vou falar o nome. Pega o Juninho porque tem condições de falar - disse Tite.
Quando a bola foi passada para Juninho Paulista, coordenador da seleção principal masculina, o ex-jogador afirmou que ainda não houve conversas em busca de um novo treinador, uma vez que o foco está totalmente direcionado ao Mundial.
- Nós não tivemos nenhum tipo de conversa nesse sentido. O presidente deixou claro que o foco total agora é Copa do Mundo, então não se fala em sucessor até a Copa. As Eliminatórias para a próxima Copa começam em março de 2023, mas a minha opinião é que, independente do treinador, essa comissão toda deve ser mantida, a estrutura. É muito importante. A Seleção tem essa estrutura desde a última Copa. Antes era apenas um treinador e auxiliar. Agora tem acompanhamento médico, fisiológico, psicológico, auxiliares. Nós vamos in loco acompanhar os jogadores. Esse trabalho diário faz a diferença.
Após ser perguntado por Galvão Bueno sobre a decisão de deixar a Seleção após o Catar, Tite reafirmou que não há chances de seguir no comando da Amarelinha no próximo ciclo. O técnico de 61 anos também disse que não pensa em um destino para o pós-Copa.
"Não há chances de continuar. Absolutamente não. Tenho maturidade na decisão. E também não (tenho destino). Quero ficar de corpo e alma para o melhor trabalho possível na Seleção. Quero ficar em paz. Quero dormir em paz."