Em sua chegada ao Brasil após a conquista da medalha de prata no Mundial feminino de vôlei, o técnico José Roberto Guimarães afirmou que será preciso fortalecer o lado mental das atletas para que o Brasil volte a conquistar uma medalha de ouro. O comandante do time brasileiro ainda deixou claro que a preocupação com o psicológico deve ser tratada como fundamental assim como o lado físico e tático do jogo.
- Uma das coisas principais é o fortalecimento do lado psicológico, do mental. Isso a gente precisa melhorar para as futuras competições para exatamente chegar em uma final e conseguir ganhar uma medalha de ouro - disse o comandante da seleção.
Zé afirmou que a seleção brasileira precisa passar pelos desafios de jogar contra jogadoras "fora de série" como a italiana Egonu e a sérvia Boskovic. Para o treinador brasileiro, a participação da seleção feminina no Mundial traz aprendizado. Vale lembrar que, neste Mundial, o Brasil venceu duas vezes a Itália de Egonu, mas acabou perdendo na final para a Sérvia de Boskovic.
- Elas (as brasileiras) entenderam muito com essa competição. Principalmente a jogar contra jogadoras que são fora de série, como é o caso da Egonu e da Boskovic.(…) A preparação para enfrentar essas jogadoras no futuro, é que é o crescimento, o aprendizado.
A preocupação de Zé Roberto em se preparar psicologicamente para conquistar o ouro não passa só pelo Mundial de 2022. Desde 2017, quando conquistou o Grand Prix de vôlei, o Brasil não sobe ao lugar mais alto do pódio. Depois dessa conquista foram seis medalhas de prata, incluindo uma Copa dos Campeões, três Liga das Nações (competição que substituiu o Grand Prix), a prata olímpica em Tóquio e o Campeonato Mundial de 2022.
Vice
Existe uma frase muito conhecida dos apaixonados por esporte no Brasil que o segundo colocado é o primeiro dos perdedores. A fala entrou, durante muito tempo, na cabeça dos torcedores. Mas, para José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina de vôlei vice-campeã mundial no último sábado, isso está mudando.
- Eu vejo que a repercussão melhorou muito de lá para cá. Antigamente, ser segundo e último era a mesma coisa, hoje a repercussão é bem melhor. Era sempre assim, nos encontravam e falavam "Pô, vocês perderam a final". Agora, eu acho que por onde a gente passa hoje as pessoas parabenizam porque assistiram e acompanharam o processo.