Alberto Nuñez Feijóo, o líder da oposição espanhola manteve nesta terça-feira (25) seu plano de obter apoio suficiente no Parlamento para formar um governo de direita.
No domingo houve uma eleição nacional, e o partido de Feijóo, o PP, não elegeu o número suficiente de deputados para conquistar a maioria da Câmara dos Deputados. Nem mesmo uma aliança entre o PP e o Vox, o terceiro colocado, seria suficiente para garantir uma maioria.
Uma das esperanças do PP era um acordo com um pequeno partido, o Partido Nacionalista Basco (PNV), de centro-direita. No entanto, os bascos disseram no Twitter que o PNV não realizará nenhuma discussão para apoiar a candidatura de Alberto Nuñez Feijóo ao cargo de primeiro-ministro.
O PP conquistou 136 assentos na câmara baixa, de 350 assentos, bem aquém dos 176 parlamentares necessários para uma maioria absoluta. O partido só conseguirá formar governo com o apoio de outros partidos, inclusive do Vox, de extrema direita, com o qual firmou alianças em diversos governos regionais.
O Vox perdeu assentos na votação de domingo, afastando a perspectiva de um governo apoiado pelos nacionalistas e apontando limitações na tentativa da extrema direita europeia de se tornar dominante.
As pesquisas previam uma vitória para o PP, com o Vox ajudando a consolidar um novo governo conservador, mas juntos eles não conseguiram obter a maioria, deixando os partidos pró-independência da Catalunha e do País Basco com o poder em um Parlamento dividido.
"Dizer que você não tem apoio por causa de uma conversa com algum grupo é uma conclusão precipitada", afirmou Feijóo a repórteres nesta terça-feira. Ele disse que ainda não conversou com a liderança do Vox.
"Seria um erro permitir que os separatistas governem", acrescentou, referindo-se ao que descreveu como uma "coalizão de perdedores" liderada pelos socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez, que conquistou 122 assentos.