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Hamas aceita proposta de cessar-fogo

Israel afirmou que os termos desta proposta foram amenizados pelo Egito e que não pode aceitar os termos do acordo
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Amanda Omura

O grupo terrorista Hamas afirmou nesta segunda-feira (6) que aceitou uma proposta de cessar-fogo elaborada pelo Egito e Catar --os dois países estão intermediando uma negociação de um acordo entre os palestinos e o governo de Israel, que estão em guerra na Faixa de Gaza.

De acordo com a agência Reuters, uma autoridade de Israel afirmou que os termos do acordo foram suavizados pelo Egito e que não pode aceitá-lo. Ele disse que, aparentemente, o Hamas teria aceitado o cessar-fogo para que os israelenses sejam vistos como a parte que se recusa a chegar a um compromisso.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a proposta está "longe das demandas essenciais de Israel", mas que mesmo assim está analisando-a e enviará negociadores para continuar as conversas sobre um acordo de cessar-fogo.

A informação de que o Hamas aceitou os termos foi inicialmente divulgada pela rede Al Jazeera, e depois confirmada pela agência de notícias Reuters.

O Hamas afirmou em um comunicado que o chefe do grupo, Ismail Haniyeh, informou ao primeiro-ministro do Catar e ao chefe do departamento de inteligência do Egito que aceitava a proposta elaborada pelos dois países. Ainda não há detalhes do que o acordo prevê .
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que o país está ainda estudando como vai responder, mas que por ora eles vão seguir operando na Faixa de Gaza.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que o país está "examinando" a resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo e que a discutirá com aliados no Oriente Médio nas próximas horas.

Miller afirmou ainda que voltou a pedir a Israel que não ataque a cidade de Rafah, último refúgio de mais de um milhão de palestinos que abandonaram suas casas por conta da guerra na Faixa de Gaza.

Os EUA são o maior aliado de Israel e vêm blindando o país comandado por Netanyahu desde o início da guerra, mas o governo americano já avisou diversas vezes que é contra uma investida na cidade sem um plano humanitário para os refugiados.

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