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Oque levou à queda da ministra da Defesa da Alemanha

Além de gafes e fiascos, Christine Lambrecht se tornou símbolo da política alemã hesitante ao envio de armas à Ucrânia
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Amanda Omura

Polêmicas, gafes e fiascos estão por trás da renúncia de Christine Lambrecht como ministra da Defesa da Alemanha, na segunda-feira (17), um dos principais cargos do país.

O socialdemocrata Boris Pistorius, que era o mais cotado para assumir a pasta, foi anunciado no para substituir Christine Lambrecht nesta terça-feira (17).

Lambrecht ficou conhecida internacionalmente em janeiro de 2022, quando anunciou orgulhosamente a doação de 5 mil capacetes militares alemães para a Ucrânia, num momento em que as tropas russas cercavam as fronteiras daquele país. A doação foi chamada pelo governo polonês de "piada".

Já o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, respondeu com sarcasmo, perguntando se o próxima remessa de ajuda alemã seria um lote "de travesseiros".

Dessa forma, Christine Lambrecht se tornou um símbolo da política alemã hesitante em relação à guerra na Ucrânia e, mais especificamente, ao fornecimento de armas a Kiev.

Lambrecht é do mesmo partido do chanceler alemão, Olaf Scholz, o Social-Democrata.

Entre as aparições controversas da agora ex-ministra esteve uma visita aos soldados alemães em Mali, quando ela fez revista às tropas usando sapatos de salto alto, o que foi considerado inapropriado para a situação, além de ser uma violação às regras de segurança dos militares.

Mensagem de Ano Novo
A gota d’água que causou a demissão parece ter sido um vídeo que ela divulgou em seu perfil privado no Instagram, no dia de Ano Novo.

Na filmagem, a então ministra cita a guerra da Ucrânia, discursando sob o estouro de fogos de artifício no céu ao fundo, dizendo ter vivido "muitas experiências especiais" em 2022, que lhe deram a oportunidade de ter "encontros com gente interessante e legal".

A mensagem causou uma chuva de críticas, sendo vista como um desastre de relações públicas.

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