Moscou foi alvo de uma onda de ataques de drones em larga escala na terça-feira (30), cuja autoria o Kremlin atribuiu à Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os drones tinham como alvo civis, mas que as defesas aéreas da Rússia conseguiram lidar satisfatoriamente com a ameaça.
Kiev negou responsabilidade.
Os ataques atingiram alguns dos bairros mais proeminentes de Moscou, incluindo um subúrbio a oeste da capital, onde Putin e outros membros da elite russa têm residência.
A investida em Moscou aconteceu na sequência de um ataque com drones em Kiev, no qual pelo menos uma pessoa morreu.
As autoridades ucranianas disseram que as defesas aéreas do país interceptaram mais de 20 drones, cujos destroços incendiaram edifícios.
O ataque em Moscou
Esta é a primeira vez que Moscou é alvo de um ataque com múltiplos drones desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.
"Às 6h24 da manhã, ouvi uma explosão ao longe, e as janelas da minha casa tremeram", contou Steve Rosenberg, correspondente da BBC em Moscou.
O Ministério da Defesa afirmou que oito drones direcionados à capital russa foram interceptados.
"Três deles foram suprimidos por interferência eletrônica, perderam o controle e foram desviados dos alvos previstos. Outros cinco drones foram abatidos pelo sistema de mísseis terra-ar Pantsir-S na região de Moscou", informou o ministério em comunicado.
Apesar de os drones terem sido abatidos, o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, afirmou que alguns edifícios residenciais foram danificados. "Como consequência de um ataque de drones, foram causados pequenos danos em vários edifícios", ele escreveu em seu canal no Telegram.
Duas pessoas, segundo ele, tiveram que ser hospitalizadas, mas ninguém ficou gravemente ferido. Centenas de moradores tiveram que ser retirados preventivamente dos edifícios por algumas horas.