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Putin garantiu que não mataria Zelensky na guerra

Ex-premiê israelense Naftali Bennet, afirmou que o presidente russo prometeu que a vida do líder ucraniano seria preservada na invasão
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Amanda Omura

No começo da guerra da Ucrânia, que está prestes a completar um ano, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu garantias a mediadores de que não mataria o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky

A afirmação é do ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, que foi o mediador dos dois lados no início da guerra. Naftali, que era líder do governo de Israel à época, disse que Putin lhe fez a promessa.
No início da guerra, Zelensky foi muito elogiado pela comunidade internacional por não haver deixado Kiev.

A revelação de Bennett - cujos esforços de mediação tiveram pouco resultado - foi feita em uma entrevista publicada neste sábado (4). A fala deu uma mostra inédita da diplomacia nos bastidores e dos esforços para pôr um fim rápido ao conflito já no início.

Na entrevista de cinco horas, Bennett disse que perguntou a Putin se ele pretendia matar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.
“Eu perguntei: ‘e quanto a isso? Você planeja matar Zelensky?” Ele disse, “Eu não vou matar Zelensky”. Então eu disse a ele: 'Tenho que entender que você está me dando sua palavra de que não matará Zelensky.' Ele disse: 'Não vou matar Zelensky", relatou Bennett.

Bennett disse que mais tarde ligou para Zelensky para informá-lo sobre a promessa de Putin.
“'Olha, eu saí de uma reunião (com o Putin). Ele não vai te matar.' Ele perguntou, 'você tem certeza?' Eu disse a ele '100% (de certeza) de que ele não mataria".

Durante seus esforços de mediação, disse Bennett, Putin retirou sua promessa de buscar o desarmamento da Ucrânia, e Zelensky prometeu não ingressar na Otan.

No início do ano passado, o Kremlin negou acusações ucranianas de que a Rússia pretendia assassinar Zelensky.

Bennett, um líder inexperiente que havia sido primeiro-ministro por apenas seis meses quando a guerra estourou, deu um salto inesperado na diplomacia internacional depois de colocar Israel em um meio-termo complicado entre a Rússia e a Ucrânia.

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