Desde a semana passada, autoridades do Quênia, um país da África oriental com quase 50 milhões de habitantes, têm encontrado corpos de adeptos de uma igreja cujo líder, segundo as investigações, estaria incentivado seus seguidores a jejuar.
Até a publicação desta reportagem, 73 corpos foram encontrados — número que pode ser bem maior.
O que aconteceu?
Diversos corpos estão sendo encontrados desde a semana passada. Muitos deles estavam em uma vala comum, cuja existência foi levada a investigadores após uma denúncia de moradores da região. Autoridades acreditam que muitos adeptos da seita ainda estão escondidos em uma área de mata jejuando.
Onde aconteceu?
No Quênia, um país na África oriental. Até o momento, os corpos foram encontrados na floresta Shakahola, que fica em Malindi (leste do país).
Quais são as suspeitas?
As investigações apontam que o líder da seita, um homem identificado como Makenzie Nthenge, incentivava os seguidores a jejuar para "encontrar Jesus" — o que não tem nenhum respaldo científico e representa um risco para a saúde.
De acordo com apuração da agência de notícias Reuters, um policial local disse que os seguidores da seita acreditavam que iriam para o céu se passassem fome.
Alguém foi preso?
Sim. Makenzie Nthenge foi preso. Uma fonte policial afirmou que o homem iniciou uma greve de fome e que "está orando e jejuando" enquanto permanece preso. Segundo a imprensa local, seis seguidores de Makenzie Nthenge também foram detidos.
Nthenge tem outra passagem pela polícia. Em março deste ano, ele foi detido, também por problemas envolvendo a seita, e solto após pagar fiança
O que dizem autoridades e quem investiga o caso?
Em um relatório, a polícia indicou que recebeu informações sobre várias pessoas "mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, fez nelas uma lavagem cerebral".