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Venezuela tem poderio militar 50x maior que da Guiana

Segundo a CIA, a Venezuela é o 6º país que mais investe em poderio militar no mundo, enquanto a Guiana está apenas na 152ª posição
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Amanda Omura

Nos últimos dias, as tensões entre a Venezuela e a Guiana voltaram a crescer por conta da disputa pelo território de Essequibo. Embora improvável, um confronto direto oporia duas nações com capacidades militares drasticamente diferentes.

Enquanto a Venezuela é o 6º país que mais investe na área militar no mundo, a Guiana está apenas na 152ª posição, segundo o The World Factbook, da CIA, a agência de inteligência americana. A vantagem se dá em pessoal e em equipamentos.

"As forças armadas da Venezuela são uma das mais equipadas da América do Sul; é uma superioridade colossal em comparação com a Guiana", explicou Ronaldo Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra.

Um eventual conflito teria impacto em outros países, diz Carmona: "Uma investida militar [da Venezuela] abriria portas para um conflito seja com os EUA ou seja com o Brasil impedindo passagem".

Os Estados Unidos e Brasil seriam arrastados para um eventual conflito: o Brasil está no caminho para a Venezuela chegar por terra à Guiana. Isso por si só já dificulta um plano de ataque, dada a neutralidade brasileira na disputa e a improbabilidade do presidente venezuelano Nicolás Maduro comprar briga com o presidente Lula a respeito do assunto.

Ainda assim, a incursão na Guiana teria que ser por meio de mata densa e fechada, o que inviabiliza o avanço das tropas. Uma opção seria pelo mar.

Todo esse cenário resulta em um custo político alto para Maduro, diz Carmona.

Guiana
A Força de Defesa da Guiana foi estabelecida em 1965 e é uma força unificada com componentes terrestres, aéreos e da guarda costeira, bem como a Reserva Nacional da Guiana. Os militares do país mantêm relações com Brasil, China, França, Reino Unido e EUA e boa parte de seus os oficiais são treinados pela Academia Militar Real Britânica.

Seu efetivo total é de 3 mil soldados, de acordo com dados divulgados pela CIA. O envolvimento de outros países no conflito, no entanto, certamente elevaria esse número.

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