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Cartão corporativo de Bolsonaro: guloseimas, antidepressivos e combustível para motociata

Dinheiro público foi usado para comprar combustível para motociatas, remédios de uso controlado e até guloseimas
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Amanda Omura

Notas fiscais de compras feitas com o cartão corporativo da Presidência da República, na gestão Jair Bolsonaro, indicam que o dinheiro público foi usado para comprar combustível para motociatas, remédios de uso controlado e até guloseimas.

O material foi obtido pela agência Fiquem Sabendo, especializada em pedidos pela Lei de Acesso à Informação, e começou a ser divulgado nesta segunda-feira (23). Os membros da agência trabalham, nesta semana, para digitalizar e tornar públicos os dados.

No último dia 12, também em resposta à Fiquem Sabendo, o governo federal divulgou os dados dos cartões corporativos da gestão Jair Bolsonaro –em geral, essas informações ficam em sigilo até o fim do mandato de cada presidente.
A Secretaria-Geral da Presidência da República também passou a divulgar, no site oficial da pasta, os dados dos cartões corporativos de 2003 a 2022.

Até esta segunda, no entanto, estavam disponíveis apenas os valores de cada transação. Com as notas fiscais agora públicas, será possível saber também o detalhamento de cada compra.

Carne
Entre as notas, há uma de 24 de junho de 2019 no valor de R$ 3.202,06. Somente naquele dia, Bolsonaro gastou mais de mil reais em cortes de carnes. Foram R$ 372 em filé mignon, R$ 218 em filé de costela, 131 em lagarto, R$203 em picanha e R$165 em filé de frango.

Antidepressivos
Uma nota registrada em abril de 2019, no valor de R$ 272,30, mostra a compra de dois medicamentos: Lexapro e Rivotril.

Os medicamentos são usados para tratar depressão e outros transtornos de humor e ansiedade.

Motociatas
Em um dos documentos que acompanham as notas fiscais e destacados pela agência Fiquem Sabendo, consta um pedido de "apoio administrativo complementar" para abastecer motocicletas oficiais e descaracterizadas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Os veículos, segundo o documento, seriam usados para uma motociata de Jair Bolsonaro em São Paulo. Os eventos eram apenas manifestações públicas de apoio ao então presidente, e não envolviam qualquer ação de governo.

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