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Lula eleito: saiba como funciona a transição de governo

Presidente eleito pode formar uma equipe de transição para os próximos dois meses; posse é em 1º de janeiro
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Amanda Omura

Eleito neste domingo (30) com 50,9% dos votos válidos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá direito a uma "equipe de transição" para os próximos dois meses.

Se for efetivado, o grupo terá a missão de se inteirar do funcionamento dos órgãos e entidades da administração pública federal – e preparar os primeiros atos do novo governo, geralmente editados já no primeiro dia do ano.

As regras para o processo de transição estão listadas na Lei 10.609/2002 e no Decreto 7.221/2010. O decreto diz que a transição governamental começa com a proclamação do resultado da eleição e se encerra com a posse do novo presidente.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na tentativa de reeleição, passa o cargo a Lula no dia 1º de janeiro de 2023.

Até lá, Lula tem o direito previsto em lei de formar sua equipe de transição para receber os dados a respeito da administração do país e "preparar os atos de iniciativa do novo Presidente da República, a serem editados imediatamente após a posse".

Durante a campanha presidencial, Lula afirmou que, entre os seus primeiros atos, estará a revogação dos decretos de Bolsonaro sob sigilo de 100 anos. No primeiro discurso após o resultado, neste domingo, o ex-presidente disse que o "compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome".

Mas afinal, vai ter transição?
A transição é um trabalho que exige a participação dos dois lados – o governo que está saindo e o governo que está chegando.

Até o fim da noite deste domingo, no entanto, o candidato derrotado à reeleição Jair Bolsonaro (PL) ainda não havia sequer reconhecido publicamente o resultado das eleições, nem feito contato com o novo presidente eleito.

Em discurso a apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, Lula disse estar "metade preocupado" por não ter a confirmação de que o governo atual facilitará a transição.
"Eu gostaria de estar só alegre, mas eu estou alegre e metade preocupado. Porque a partir de amanhã, eu tenho que começar a me preocupar como é que a gente vai governar esse país. Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição, para que a gente possa tomar conhecimento das coisas", disse Lula.

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