O presidente Luz Inácio Lula da Silva realizou nesta segunda-feira (3/6) um encontro bilateral com o presidente da Croácia, Zoran Milanović, que está em vista oficial ao Brasil.
Os líderes trataram do estreitamento das relações bilaterais e das relações do Brasil com a União Europeia, da qual a Croácia faz parte.
Temas como a transição energética, mudanças climáticas, a presidência do Brasil à frente do G20, a realização da COP-30 em Belém, no Pará, em 2025, e os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio também foram abordados no encontro.
O presidente Lula afirmou que o Brasil, sede da conferência do clima das Nações Unidas (COP 30) no ano que vem, vai liderar pelo exemplo.
“Apresentaremos contribuições robustas. Nosso compromisso em zerar o desmatamento da Amazônia até 2030 está sendo cumprido. A Croácia também está buscando avançar na área de hirogênio de baixo carbono, temos muito interesse em troca de experiência sobre transição energética. Muitos países do Sul Global não terão condições de assumir metas arrojadas sem financiamento e transferência de tecnologia. Países em desenvolvimento vão precisar de 4 a 6 trilhões de dólares ao ano para seus esforços de adaptação. Esse é um tema que teremos que enfrentar já na COP de Baku (que vai ser realizada em novembro deste ano no Azerbaijão). Captar mais recursos, contudo, não será suficiente se eles não forem acessíveis”, disse Lula
Lula citou que recebeu condolências do presidente croata pelas enchentes no Rio Grande do Sul, e que “essas catástrofes confirmam que já vivemos as consequências das mudanças climáticas que alguns ainda teimam em negar. Essa prioridade estará presente nos grandes eventos que sediaremos neste ano e no próximo: o G20 e a COP30”.
O presidente defendeu ainda o encerramento da guerra entre Ucrânia e Rússia e o fim do conflito entre Israel e Palestina.
“União Europeia e Brasil coincidem na importância atribuída por ambos ao multilateralismo à promoção da paz e o respeito aos direitos humanos. O Brasil condenou de maneira firme a invasão da Ucrânia pela Rússia. Uma desescalada seria um passo necessário para que as partes possam retomar o diálogo direto. Apoiamos a realização de uma conferência internacional que seja reconhecida tanto pela Ucrânia como pela Rússia”.
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