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Pires diz ao governo que desiste de assumir comando da Petrobras

Pires foi uma escolha do chamado centrão, que queria uma presidência da estatal com melhor comunicação no ano eleitoral
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Amanda Omura

Indicado para presidir a Petrobras, o economista Adriano Pires desistiu de assumir o comando da estatal.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, Pires informou ao governo da sua decisão nesta segunda-feira (4), após Rodolfo Landim desistir de assumir a presidência do conselho de administração.

Pires foi uma escolha do chamado centrão, que queria uma presidência da estatal com melhor comunicação no ano eleitoral, principalmente para explicar à população o reajuste no preço dos combustíveis.
No entanto, Pires, após a desistência de Landim, avisou ao Planalto que não queria ser submetido a desgastes e ataques no comando da Petrobras por sua indicação, apontada por setores da Petrobras como um conflito de interesses.

A desistência de Pires, comunicada ao Planalto, pegou setores do governo de surpresa.
Até hoje cedo, defensores do nome de Pires diziam ao blog que a indicação dele estava mantida e que não havia plano B para a vaga.
Por isso, deixam claro que foi ele quem desistiu- pelo Planalto, o novo presidente da estatal seria Pires.
Ainda não há definição sobre quem vai substituir Silva e Luna no comando da Petrobras.

Eventual conflito de interesse
No domingo (3), o Ministério das Minas e Energia tinha informado que seria preciso aguardar os trâmites legais e administrativos para ver se haveria algum impedimento à indicação de Adriano Pires para a presidência da Petrobras.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu uma investigação sobre a indicação para que fosse verificado eventual conflito de interesses, uma vez que ele atua na rede privada.

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