O economista Marcio Pochmann será o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo anúncio do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2011, o professor voluntário da Unicamp foi duas vezes candidato a prefeito de Campinas (SP), mas não se elegeu.
Em outubro de 2020, o economista postou uma crítica ao PIX, programa de transferências online que foi lançado um mês depois. Segundo ele, o PIX seria mais um "passo na via neocolonial a qual o Brasil já se encontra ao continuar seguindo o receituário neoliberal".
"Na sequência vem a abertura financeira escancarada com o real digital e a sua conversibilidade ao dólar. Condição perfeita ao protetorado dos EUA", completou Pochmann, no Twitter.
Vida política
Pochmann tem intensa atuação política, especialmente em Campinas - quando foi derrotado em duas eleições para prefeito. O economista também tentou vaga como deputado federal em 2018, quando ficou na suplência.
Em nota, o PT de Campinas defendeu a decisão do governo de indicá-lo para presidência do IBGE. "A vida acadêmica e profissional de Márcio demonstra que será um grande acerto do Governo Lula", comunicou em nota.
Eleições de 2018 e mais
Dois anos depois, o economista tentou vaga como deputado federal e obteve 53.261 votos, o que garantiu apenas vaga como suplente.
Antes das eleições, Pochmann foi Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade durante governo de Marta Suplicy (PT), em São Paulo.
Também presidiu, entre 2012 e 2020, a Fundação Perseu Abramo, associação ligada ao Partido dos Trabalhadores para "desenvolvimento de atividades como as de reflexão política e ideológica, de promoção de debates, estudos".
Pochmann foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre 2007 e 2012 e participou da transição do governo após a eleição de Lula.