A convivência com os animais é benéfica à saúde e traz bem-estar. Mas é preciso tomar alguns cuidados para que essa proximidade toda não prejudique a saúde: os animais podem transmitir uma série de doenças, algumas delas potencialmente graves e fatais, como a raiva e a toxoplasmose.
Mas isso, claro, não é uma justificativa plausível para desistir da ideia de ter um bichinho em casa — ou, pior, abandonar o pet que já faz parte do convívio familiar.
- Fazer consultas periódicas
Mesmo se o bichinho estiver bem, ele precisa passar necessariamente por uma avaliação veterinária pelo menos uma vez ao ano.
Durante essa consulta, o profissional da saúde vai realizar alguns exames básicos e fazer perguntas sobre a saúde do animal. - Ter cuidado redobrado com a higiene
Falando em limpeza, outro ponto primordial é a manutenção de potes de ração, bebedouros e locais onde o bichinho faz xixi e cocô.
Além dos vermes, esses locais podem ser fontes de contaminação por bactérias.
Uma das mais preocupantes, especialmente quando falamos em gatos, é a Toxoplasma gondii, que provoca uma doença conhecida como toxoplasmose.
- Organizar o ambiente
O local em que os objetos dos animais de estimação são mantidos é outro ponto sensível para evitar a contaminação com bactérias e outros patógenos causadores de infecções.
A caixa de areia dos gatos ou o tapete higiênico do cachorro, por exemplo, devem ser mantidos o mais longe possível da cozinha e da despensa.
Já os bichos que fazem xixi e cocô em qualquer lugar podem passar por treinos de adestramento.
Os dejetos devem ser recolhidos sempre que possível — e a área suja precisa ser limpa e desinfetada com água sanitária ou outros agentes bactericidas.
- Dar uma atenção extra aos quintais
Ainda no quesito organização, os ambientes externos das casas são sempre um ponto de cuidado.
Silva, que também é consultor de zoonoses do Ministério da Saúde, destaca que esses locais muitas vezes são o ponto de contato dos pets com animais silvestres.
“Há o risco de caça e captura de morcegos que vêm para a cidade ou contato com a urina de roedores”, exemplifica o médico e professor da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
O xixi de ratos e camundongos pode trazer a bactéria Leptospira, causadora da leptospirose.
- Fazer a castração
Esse procedimento é simples, seguro e evita que o animal gere filhotes inesperados. Mas Silva aponta outro benefício da castração: algumas espécies, como os gatos, participam de brigas durante a época reprodutiva por instinto.
Esses confrontos são marcados por mordidas e arranhões. E, como você já deve ter entendido, esses machucados são fontes de transmissão de vírus, bactérias, fungos e outros agentes.