O início da menopausa e as mudanças que acontecem nos anos anteriores podem desencadear uma série de sintomas, incluindo o temido ganho de peso. Durante a perimenopausa (transição da menopausa), a produção dos hormônios femininos – estrogênio e progesterona – muda, o que causa uma redistribuição de gordura na barriga. O ganho de peso e a cintura mais larga são queixas comuns. Além disso, a mudança nos níveis de estrogênio pode ter consequências também para a saúde dos ossos e do coração. Literalmente a “receita” para passar por essa fase é uma mistura de escolhas corretas de alimentos, exercício e cuidado com a saúde mental.
É bom deixar claro que não existe uma dieta específica para a menopausa, mas é possível pensar um plano alimentar capaz de ajudar a amenizar os efeitos dessa fase.
É importante que no seu prato haja um equilíbrio, com vegetais, frutas, grãos integrais, nozes, sementes e outros alimentos capazes de ajudar as mulheres a se sentirem saciadas. Ao mesmo tempo, esta lista é capaz de fornecer gorduras saudáveis, fibras, vitaminas, minerais e fitonutrientes, promovendo assim uma melhor saúde nas mulheres. Os especialistas têm observado que este tipo de alimento também contribui para a saúde do intestino, reduz o risco de doenças cardíacas, diabetes e câncer e pode ajudar a melhorar o humor.
Uma pergunta frequente no consultório é se dá para perder peso na menopausa. Alguns padrões alimentares podem ser melhores que outros se o objetivo é esse. A melhor maneira de se perder peso na menopausa é consumir um pouco mais de proteína e menos carboidratos. Em um grande estudo observacional de longo prazo da Women's Health Initiative, as mulheres que seguiram o plano alimentar reduzido de carboidratos (cerca de 40% de carboidratos, moderados em gordura e mais ricos em proteínas) tiveram um risco reduzido para ganho de peso na pós-menopausa. Por outro lado, uma dieta com baixo teor de gordura, com cerca de 60% de carboidratos, pareceu promover ganho de peso entre essas mulheres.
Para quem está chegando nesse momento da vida, a dica é o equilíbrio entre alimentação, controle de calorias, exercícios regulares e cuidado com o lado emocional. Mas não se preocupe em manter um plano restritivo irreal pelo resto da vida. Você não vai colocar tudo a perder se extrapolar um pouco, por exemplo, nos fins de semana ou até mesmo nas férias.
Mas é muito importante não se esquecer da atividade física, pois o exercício regular mantém a saúde muscular e óssea, reduz a probabilidade de doenças cardíacas, diminui o diabetes tipo 2 e o risco de câncer, além de reduzir o estresse.