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Os benefícios do exercício físico para o funcionamento do intestino

Sessões de exercícios aeróbicos de até 18-32 minutos aliadas a exercícios de resistência podem fazer a diferença
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Amanda Omura

Ao longo dos últimos 10 anos, pesquisas voltadas para os animais e os seres humanos ajudaram a revelar como é poderosa essa ligação entre os exercícios físicos e as mudanças da comunidade dos micróbios intestinais. E, o mais importante, elas vêm destacando como esse equilíbrio pode ser benéfico.

Algumas das primeiras indicações podem ser encontradas em estudos sobre os animais. Camundongos que puderam andar voluntariamente em uma roda quando quisessem, por exemplo, desenvolveram quantidades significativamente menores de uma bactéria específica chamada Turicibacter. A presença desta bactéria é associada ao aumento do risco de doenças intestinais, segundo Woods e Allen, que conduziram o estudo.

Já os camundongos sedentários ou que foram suavemente cutucados para incentivá-los a correr apresentaram números muito mais altos da bactéria. Acredita-se que forçar os camundongos a correr tenha causado estresse crônico entre os animais, o que pode anular os efeitos benéficos do exercício.

E o efeito nas pessoas?
Os estudos em animais indicam como os exercícios físicos podem melhorar o equilíbrio dos micróbios do intestino de camundongos. E o que nos dizem os estudos com seres humanos?
Existem certamente muitos estudos em seres humanos que demonstram que exercícios moderados a vigorosos, como correr, andar de bicicleta e exercícios de resistência podem aumentar a diversidade das bactérias intestinais, o que foi relacionado à melhora da saúde física e mental.

Sessões de exercícios aeróbicos de até 18-32 minutos aliadas a exercícios de resistência, três vezes por semana por um total de oito semanas, podem fazer a diferença, segundo indicam os estudos.

Os atletas também costumam ter maior diversidade de micróbios intestinais, em comparação com as pessoas sedentárias. Isso pode também se dever, em parte, às dietas especializadas que os competidores costumam adotar.

Mas diversos estudos demonstraram que a combinação de exercícios e alimentação pode aumentar a população de Faecalibacterium prausnitzii e a produção de butirato em mulheres ativas, muitas vezes com aumento da função intestinal.
"Alguns estudos, mas não todos, demonstraram que o exercício físico aumenta [os níveis de] Faecalibacterium", segundo Woods. Ele acrescenta que pessoas com baixos níveis deste tipo de bactéria parecem ter mais risco de sofrer doença inflamatória intestinal, obesidade e depressão.

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