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Remédio nem sempre é indicado para tratar insônia; entenda mais sobre o distúrbio

A insônia é um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade de adormecer, permanecer dormindo ou ambos
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Amanda Omura

Todo mundo quer ter um sono de qualidade, mas é praticamente impossível ter 100% de aproveitamento. Sempre terá aquele dia que você vai dormir mal, vai acordar no meio da noite ou vai acordar sentindo que não descansou o suficiente. Isso é normal e não configura insônia, um distúrbio sério que acaba sendo banalizado. A insônia é um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade de adormecer, permanecer dormindo ou ambos, mesmo se a pessoa tiver tempo suficiente e um ambiente propício para um sono reparador. "O diagnóstico precisa ter uma história médica bem coletada para entender se é transtorno. Às vezes, a insônia é sintoma de uma doença, como ansiedade e depressão", explica Rosa Hasan, coordenadora do Laboratório do Sono do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP). A neurologista explica que, quando o paciente tem queixas de sono, é preciso analisar o horário que ele está dormindo, se o ambiente do sono está bom, quais os hábitos do dia a dia. Se tudo está em ordem e a pessoa continua dormindo mal, é preciso procurar ajuda médica. Hora do remédio? Imagine se todos os problemas pudessem ser resolvidos apenas com uma pílula mágica? Infelizmente, essa não é a realidade e isso também vale para a insônia. Inclusive, a primeira opção de tratamento é a terapia cognitivo-comportamental (TCC) para compreender a origem e os motivos da insônia. Além disso, especialistas lembram que é importante promover mudanças comportamentais, como estabelecer um horário para dormir, ter um bom ambiente para o sono, controlar a exposição à luz, tentar introduzir técnicas de relaxamento e reduzir o consumo de cafeína, álcool e nicotina. Caso as medidas não farmacológicas não sejam suficientes, aí pode ser a hora de entrar com o medicamento. Mas tudo deve ser bem conversado com o médico, já que o tratamento é individualizado. Ou seja, o que serve para você não necessariamente vai servir para seu amigo. Rosa Hasan lembra que todos os medicamentos trazem vantagens e desvantagens. Por isso, a automedicação NUNCA é indicada.

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