O encontro anual da Sociedade Internacional de Menopausa, realizado entre 10 e 14 de setembro, trouxe inúmeras informações importantes que merecem ser compartilhadas. A principal: a terapia hormonal da menopausa – conhecida como reposição hormonal e que chegou a ser considerada um fator de risco para câncer – finalmente está tendo seus benefícios reconhecidos. Estudo baseado em dados da Women's Health Initiative sugere que, no longo prazo, ela é favorável em todos os biomarcadores cardiovasculares, com exceção dos triglicerídeos. Estima-se que entre 70% e 80% das mulheres enfrentam sintomas que podem impactar sua vida pessoal e profissional.
“Por muitos anos, as mulheres e os profissionais de saúde evitaram a terapia hormonal da menopausa com medo de potenciais efeitos adversos. Novos trabalhos indicam que podemos nos sentir mais confiantes no manejo de sintomas desagradáveis, especialmente as ondas de calor”, afirmou a médica Stephanie Faubion, diretora da entidade.
Vamos aos pontos de destaque:
Reposição acima dos 65 anos: para a Sociedade Internacional de Menopausa, até mulheres acima dos 65 podem continuar fazendo uso da reposição, com a devida supervisão médica. Estudo realizado com canadenses, com idade média de 71 anos, mostrou que, apesar de alguns efeitos colaterais terem sido documentados (incluindo sangramento na pós-menopausa), não foram constatados infartos, derrames ou câncer de útero. Em média, as participantes estavam em tratamento há 18 anos, principalmente para controlar os fogachos (55%) e ter mais qualidade de vida (29%), além de obter resultados na redução de dores crônicas e de artrite (7%).
Suores noturnos e doença coronariana na perimenopausa: outro estudo apontou a relação entre a maior ocorrência de suores noturnos na segunda metade da noite e o risco de desenvolver doença coronariana – o despertar involuntário prejudicaria o sono REM, considerado fundamental também para a manutenção das funções cognitivas. É na perimenopausa, período que antecede o fim dos ciclos menstruais, que o risco se agrava, possivelmente por causa da flutuação dos níveis hormonais. O estrogênio, cuja produção declina nessa fase, ajuda na saúde dos vasos sanguíneos e no controle do nível de colesterol, impedindo a criação de placas de gordura nas artérias.
Posts Relacionados
Alho, canja, vitamina C, zinco: o que funciona contra o resfriado
Existem cerca de 200 vírus que causam a infecção. E parece haver quase a mesma quantidade de remédios caseiros
Mortes por calor extremo ameaçam mais os jovens do que idosos
Estudo revela que 75% das mortes relacionadas ao calor em duas décadas envolveram pessoas com menos de 35 anos
O que acontece com o corpo quando você corta o carboidrato da alimentação
Decisão pode impactar na balança num curto período. Estratégia pode ser insustentável a longo prazo
Evitar chocolate ao leite e comer o amargo pode diminuir risco de diabetes
A pesquisa não comprovou que o chocolate em si foi responsável por esse benefício à saúde mas é um indicativo
Divã em alta: por que tanta gente está virando psicanalista ou psicólogo?
O Censo da Educação Superior aponta que a procura por cursos de psicologia disparou no Brasil entre 2010 e 2021
Depressão altera região do cérebro ligada à atenção
Estudo mostra que mudança no cérebro aparece antes do surgimento dos primeiros sintomas da depressão
Hipertensão: por que a pressão ’12 por 8′ passou a ser considerada alta por médicos
Um novo consenso de especialistas europeus simplificou os critérios de diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes
Microagulhamento: como funciona a técnica que promete melhorar a beleza e a saúde da pele
Ele é feito com agulhas de metal muito finas que fazem microperfurações na pele e, podem estimular a produção de colágeno