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Comissão do Senado aprova projeto que prevê tributo sobre exploração de jogos online

Texto prevê cobrança de ISS para organização, administração ou exploração de jogos de habilidade, não inclui jogos de azar
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Amanda Omura

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (15), em votação simbólica, um projeto que prevê a cobrança do Imposto sobre Serviços (ISS), um tributo municipal, sobre a exploração de jogos eletrônicos. O texto, agora, será analisado pelo plenário do Senado.
A medida vale para jogos considerados de habilidade, como o pôquer e o xadrez. Não vale para jogos de azar.
Autor do projeto, o senador Flávio Arns (Podemos-PR) sustentou que há uma crescente utilização das plataformas virtuais para a prática de jogos eletrônicos, o que tem movimentado elevadas quantias de dinheiro. A prática, ressaltou, tem ficado à margem da tributação.
“É de conhecimento geral que a informalidade dos contribuintes do ISS em decorrência dos avanços tecnológicos e a falta de atualização das normas legais tributárias dificultam a fiscalização e comprometem a arrecadação potencial. As operações pela internet já há muito são rotineiras, o que acarretou o surgimento de novos prestadores de serviços, em especial nas atividades de diversões eletrônicas. Entretanto, a legislação nem sempre consegue acompanhar as novas tecnologias”, destacou Arns no projeto.

Comissão
No relatório favorável ao projeto, o senador Jaques Wagner (PT-BA) argumentou que os organizadores de jogos eletrônicos recebem recursos dos valores pagos, por exemplo, para a inscrição ou em troca de fichas de valor fictício com o objetivo de disputar premiações em dinheiro.
É sobre essa espécie de “comissão” recebida pelos organizadores dos jogos que deve incidir o ISS, um imposto municipal.
Ainda conforme a proposta, o imposto deve ser compartilhado entre os municípios de domicílio de cada um dos jogadores online, em vez de ser recolhido no local em que está localizado o prestador de serviço.

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