A taxa de desemprego no Brasil caiu em oito das 27 Unidades da Federação no segundo trimestre de 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos demais estados, a taxa ficou estável.
De acordo com o IBGE, o Distrito Federal teve a maior redução na taxa de desocupação, passando de 12% no primeiro trimestre para 8,7% agora. Em seguida, vêm o Rio Grande do Norte, de 12,1% para 10,2%. Os outros estados que tiveram redução de desemprego foram São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, a tendência geral foi de queda entre as Unidades da Federação, mas apenas as oito destacadas tiveram redução relevante do ponto de vista estatístico. Além disso, a queda na taxa de desocupação nesse trimestre volta a mostrar um padrão sazonal do primeiro semestre do ano.
"Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre, essa procura tende a diminuir." — Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No fim de julho, o IBGE havia mostrado que a taxa de desemprego no Brasil foi de 8% no trimestre móvel terminado em junho. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre janeiro e março, o período traz redução de 0,8 ponto percentual (8,8%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 9,3%.
Grandes regiões
A região Nordeste continua sendo a região com maior taxa de desocupação do país, segundo o IBGE. Veja abaixo os comparativos do segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2022:
Nordeste: 11,3% de desempregados, contra 12,7% do mesmo período do ano passado.
Norte: 8,1% de desocupação, contra 8,9% no ano passado.
Sudeste: 7,9% de desocupação, contra 9,3% no ano passado.
Centro-Oeste: 5,7% de desocupação, contra 7% no ano passado.
Sul: 4,7% de desocupação, contra 5,6% no ano passado.
Entre os estados, as maiores taxas de desocupação estão em Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%). Já as menores, em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%).
Ainda assim, as taxas de informalidade permanecem relevantes no número de ocupação. Dezesseis estados têm informalidade maior do que a média nacional (39,2%). Todos são do Norte ou do Nordeste.
Os maiores percentuais são do Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%). Já os menores vêm de Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).