A CBF respondeu às declarações de João Martins, auxiliar do Palmeiras, que no domingo declarou que "é ruim para o sistema" o Verdão ganhar o Brasileirão duas vezes seguida).
Em nota, a entidade rebateu que a entrevista foi um "festival de grosserias" e uma tentativa xenofóbica de diminuir o Brasileirão no exterior. A CBF ainda afirma que vai ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva para que ele revele o esquema.
Também em nota, o Palmeiras rebateu a CBF e voltou a citar os lances em que considera ter sido prejudicado pela arbitragem.
As declarações ocorreram logo depois do empate em 2 a 2 entre Athletico e Palmeiras, na Arena da Baixada. João, que substituiu o suspenso Abel Ferreira, estava muito irritado com a arbitragem do jogo.
A começar pelo pênalti que Endrick sofreu, aos três minutos de jogo, em que o clube entende que Zé Ivaldo teria de ser expulso. O zagueiro do Furacão levou cartão amarelo no lance. Na opinião de Paulo Cesar de Oliveira, consultor de arbitragem da Globo, o atleta do Athletico.
– Ainda bem que sou eu hoje aqui. Nós entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem de que é o mais competitivo do mundo porque ganham vários. Mas ganham vários porque, muitas vezes, não deixam os melhores ganhar. Foi mais uma vez o que se passou hoje. É ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos – disse João Martins.
Para o auxiliar, o lance condicionou o restante do jogo. Ainda assim, o Palmeiras abriu 2 a 0, mas viu o destino do jogo mudar após pênalti de Garcia, que gerou o segundo cartão amarelo e a expulsão do lateral-direito alviverde.
João Martins concordou com a marcação, mas também criticou a primeira advertência ao jogador, definida por ele como "inacreditável". Sua entrevista foi logo depois encerrada pelo diretor de futebol Anderson Barros.
– Deu amarelo ao Garcia por atrasar um lateral. Inacreditável. O Brasil é especialista em perder tempo. Por isso na Europa não se vê jogos do Brasil.