O fim de semana marca a estreia de um Brasileirão que a cada dia mais se acostuma com uma nova realidade de encarar o jogo. Na edição de 2023 da Série A, 25% dos clubes já migraram para Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e chegam com promessas de altos investimentos, reforços e mudanças estruturais significativas.
BAHIA
City Football Group (90% da SAF); Investimento de R$ 1 bilhão.
BOTAFOGO
John Textor, empresário americano que também tem participações em Lyon, Crystal Palace (não é majoritário neste) e Molenbeek (Bélgica), e detém 90% das ações da SAF do Botafogo.
John Textor fez um aporte inicial de R$ 100 miilhões para o clube, e se comprometeu com um investimento de R$ 400 milhões, que será totalizado em até três anos, por 90% das ações da SAF.
CRUZEIRO
O Cruzeiro SAF, atualmente, tem as ações divididas entre Ronaldo Fenômeno (90%) e a associação (10%) .
Ronaldo assinou uma carta de intenções na aquisição da SAF, com um aporte inicial previsto de R$ 50 milhões e mais R$ 350 milhões até 2026 em aportes caso a SAF esteja com receitas em baixa. O contrato prevê uma média simples do faturamento celeste entre 2017 e 2021. A partir de 2022, caso a arrecadação da SAF fique abaixo dessa média, Ronaldo precisa fazer aportes – no limite dos R$ 350 milhões. Na hipótese de a receita ser superior, o excedente desobriga o empresário a desembolsar.
CUIABÁ
Família Dresch, dona da indústria de borracha Drebor, é quem comanda a SAF do Cuiabá.
O Dourado foi fundado em 2009 como um clube-empresa pelos atuais donos, a família Dresch. Com a nova legislação, se tornou SAF em dezembro de 2021, com o objetivo de obter incentivos fiscais e buscar oportunidades no mercado de investimentos. Sem mudança no comando, não houve nova promessa de investimento no processo.
VASCO
A 777 Partners, fundo americano, é a dona da SAF do Vasco. A empresa também tem o controle de Genoa-ITA, Standard Liège-BEL, Red Star-FRA, Melbourne Victory-AUS, Hertha Berlim-ALE, além de possuir ações do Sevilla-ESP.
A 777 Partners se comprometeu em investir R$ 700 milhões em até três anos, além de ter assumido até R$ 700 milhões da dívida do Vasco.