Dos 11 jogos citados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) com suspeita de manipulação de resultados para beneficiar apostadores, quatro têm envolvimento de times gaúchos. Duas partidas são do Gauchão deste ano e outras duas duas do Juventude pelo Campeonato Brasileiro de 2022.
No Gauchão, Caxias x São Luiz e Esportivo x Novo Hamburgo constam na lista. Os compromissos do Juventude são contra Goiás e Palmeiras.
Os dois jogos do estadual foram válidos pela sétima rodada. O Caxias venceu o São Luiz por 3 a 1 no Centenário. A suspeita é de que um jogador do São Luiz teria sido aliciado para cometer uma penalidade. O atacante Jarro, hoje no Inter-SM, cometeu uma penalidade.
Na outra partida, a suspeita é a mesma, de aliciamento de um jogador para cometer pênalti. Nikolas, do Novo Hamburgo, cometeu a infração, mas o Esportivo desperdiçou a cobrança, e o jogo terminou no empate sem gols na Montanha dos Vinhedos.
Por parte do Juventude, as apostas teriam envolvido cartões amarelos. Contra o Palmeiras, pela 26ª rodada, no Allianz Parque, três jogadores foram advertidos, todos do time gaúcho (Jadson, Moraes e Vitor Gabriel). Um jogador do Juventude teria sido aliciado.
No confronto com o Goiás, pela 36ª rodada, na Serrinha, o aliciamento seria de dois jogadores do Juventude. No total, 10 amarelos foram distribuídos na partida, sendo seis dos gaúchos (Cesar, Paulo Miranda, Moraes, Jean Irmer, Felipe Pires e Vitor Gabriel).
O Juventude divulgou nota sobre sobre a operação Penalidade Máxima, na qual repudia qualquer manipulação de resultados e disse que se coloca à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) divulgou uma nota oficial: "A Federação Gaúcha de Futebol - FGF informa que tomou conhecimento sobre os desdobramentos da operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, pelas notícias veiculadas na imprensa. A FGF possui parceria com a empresa de dados Sportsradar, que visa a integridade das ações esportivas, com monitoramento global de movimentações em mercados de apostas. Qualquer denúncia nesse sentido recebida pela FGF é repassada aos órgãos competentes para investigação: Polícia Civil, Ministério Público e TJD. Na semana passada, a diretoria da FGF esteve reunida com membros da Delegacia Regional de Polícia Judiciária da Polícia Federal com o intuito de estabelecer, também com essa autoridade, uma adequada troca de informações visando a integridade das suas competições".