O Vasco está em vias de vender 70% de seu futebol para a 777 Partners, mas manterá São Januário como patrimônio do clube associativo. E tem planos para o estádio em um futuro próximo.
O clube tem negociações avançadas com a Prefeitura do Rio de Janeiro para receber o potencial construtivo referente ao complexo de São Januário. As eventuais receitas seriam usadas para reforma, modernização e ampliação da capacidade para 40 mil torcedores. O projeto tem fotos do que seria a casa vascaína remodelada.
As conversas com prefeito Eduardo Paes começaram em janeiro e esquentaram nos últimos meses. A negociação está sendo tocada diretamente pelo presidente Jorge Salgado e pelo vice-geral, Carlos Roberto Osório. A expectativa é que um novo encontro, ainda no mês de agosto, conclua o acordo definitivo.
A negociação prevê que o potencial construtivo de São Januário seja transferido para o clube, que poderia negociá-lo com investidores privados interessados em construir em outras áreas do Rio de Janeiro. Algo semelhante ao que aconteceu no Porto Maravilha, no Centro da cidade. Com os recursos arrecadados, o Vasco teria a obrigação de investir na modernização de seu estádio.
- Eu tenho uma conversa muito avançada com o Salgado, que a ideia é a gente transferir o potencial construtivo, ou seja, o direito de construir em São Januário. Um exemplo, ele tem o direito de construir um prédio, vamos imaginar que ele pode construir um prédio onde está São Januário, nós vamos transferir esse potencial construtivo para que o Vasco possa vender isso para o setor privado em outras áreas da cidade, por exemplo a Barra. E o Vasco só poderia usar o recurso dessa venda para fazer a reforma do estádio de São Januário. É um direito com fim específico. Você ganha o direito, que é o de construir, você vende esse direito, só que o fruto desse recurso não pode contratar jogador, não pode pagar salário atrasado, não pode resolver dívidas do clube, só pode ser usado para obras de reforma de São Januário, que é o estádio mais lindo do Rio de Janeiro – disse Eduardo Paes, em entrevista.
Prestes a adquirir 70% da SAF do Vasco, a 777 está ciente e aprova a negociação. Para a empresa seria vantajoso ter um estádio reformado e com maior capacidade, sem a necessidade de investir seus próprios recursos. Nesse caso, o valor do aluguel para o grupo americano aumentaria.