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Alemanha hesita no fechamento definitivo de centrais nucleares

Promessa feita na era Merkel, o país havia anunciado o fechamento de todas as usinas nucleares do país no mais tardar até 2022
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Amanda Omura

O governo alemão declarou nesta segunda-feira (25) que decidiria "nas próximas semanas" sobre uma possível extensão das centrais nucleares, programadas para serem fechadas definitivamente no final do ano, com base em uma nova avaliação atualmente em andamento.
Se o país decidir prolongar a vida útil de suas três usinas nucleares ainda em funcionamento, isso constituiria uma nova faceta para o setor de energia alemão, com um impacto político muito forte.

Há algumas semanas, Berlim também anunciou que a Alemanha aumentaria o uso do carvão em sua cadeia de produção energética - matéria-prima que deverá desaparecer até 2030 - para compensar o declínio do fornecimento de gás russo.
Para tomar uma decisão, o governo alemão está agora esperando o resultado de "um teste de estresse em andamento" para determinar o atual nível de segurança das centrais nucleares, informou uma porta-voz do governo.
Um primeiro teste em março concluiu que as três usinas nucleares ainda em funcionamento na Alemanha não eram necessárias para garantir a segurança energética da maior economia da Europa. Atualmente, estas respondem a 6% da produção líquida de energia da Alemanha.

O legado Merkel
Foi a ex-chanceler conservadora Angela Merkel que, sob pressão pública, engajou a Alemanha em uma retirada da energia nuclear após o desastre de Fukushima, em 2011.
Os ambientalistas, membros da coalizão de governo do chanceler social-democrata Olaf Scholz, há muito vêm argumentando contra qualquer mudança de rumo nesse sentido, pois a luta contra a energia atômica tem sido parte do DNA dos Grünen (como são chamados os "Verdes" na Alemanha) desde sua criação, há mais de 40 anos.
Mas, desde o início da guerra na Ucrânia, a situação energética do país só tem piorado.
O aumento dos custos de energia e o medo de uma escassez de gás russo - a Gazprom anunciou nesta segunda-feira que reduziria o fornecimento para apenas 20% dos níveis normais através do gasoduto Nord Stream - estão levando a própria família política de Merkel a reexaminar o tabu sobre a energia nuclear.

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