Você está em:

Biden no Oriente Médio pode aproximar Israel e Arábia

Como símbolo desta aproximação, o presidente americano viajará diretamente de Israel para a Arábia Saudita na sexta-feira
Picture of Amanda Omura

Amanda Omura

O presidente americano, Joe Biden, inicia nesta quarta-feira (13) uma viagem de vários dias pelo Oriente Médio. O democrata chega em Israel e visitará também os territórios palestinos. Em seguida, ele irá à Arábia Saudita, na última e mais importante etapa de sua turnê. Os israelenses contam com seu aliado para iniciar uma aproximação com Riad.
Uma normalização completa das relações entre Arábia Saudita e Israel "não ocorrerá de um dia para o outro", ressalta uma alta fonte israelense à RFI, sob anonimato. No entanto, ele pondera que "há novas oportunidades na região".

Os sauditas e israelenses têm um inimigo comum: o Irã. "Antes eram os árabes contra os judeus. Hoje são os moderados contra os radicais", explica. Segundo esta fonte, o momento é favorável para um acordo para uma aliança estratégica regional, uma espécie de pacto militar para fazer frente a Teerã.
O Estado hebreu conta com o presidente americano para guiar essa convergência de interesses com outros aliados de Washington no Oriente Médio. Após essa primeira etapa, o passo seguinte será "expandir o círculo de relações, porque as oportunidades são infinitas", diz o israelense, mencionando a criação de laços entre as populações israelenses e sauditas. "Trabalhar juntos, estudar juntos, escrever uma história comum", destaca.

Como símbolo desta aproximação, o presidente americano viajará diretamente de Israel para a Arábia Saudita na sexta-feira (15). Um voo direto entre Tel Aviv e Djedda será algo inédito na história dos dois países.

Palestinos sem expectativas de mudanças
A exemplo de todos os governos americanos, Biden não é exceção e continua sendo profundamente ligado a seu aliado israelense. Ao mesmo tempo, o presidente se apresenta como contrário à colonização, que continua a ocorrer de forma ilegal nos territórios palestinos, seja na Cisjordânia ocupada ou em Jerusalém Oriental.
Nos tetos de Silwan, bairro palestino da Cidade Santa, bandeiras israelenses e faixas com o símbolo do Islã são hasteadas frente a frente. Tanto os colonos judeus, quanto os árabes querem marcar seus territórios.

Posts Relacionados

Poluição do ar em Bangkok fecha mais de 350 escolas

Poluição do ar em Bangkok fecha mais de 350 escolas

Presença de micropartículas de poluição na capital tailandesa excede em sete vezes o máximo recomendado pela OMS

Human Rights Watch pede que Brasil ‘lidere a COP 30’

Human Rights Watch pede que Brasil ‘lidere a COP 30’

Capítulo dedicado ao Brasil no relatório cita problemas como abuso policial e ataques à imprensa – e reconhece avanço em outras áreas

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, é preso

Ainda em dezembro, o Congresso aprovou a abertura de um processo de impeachment contra Yoon. Desde então, ele está afastado

Mistura para apagar fogo cria cenários cor-de-rosa

Mistura para apagar fogo cria cenários cor-de-rosa

O objetivo do elemento é retardar o avanço das chamas, que já provocaram mais de 20 mortes e destruíram centenas de casas

Israel bombardeia zona humanitária em Gaza

Israel bombardeia zona humanitária em Gaza

Exército israelense afirma que alvo dos ataques em acampamento era um assessor do diretor de polícia do território

Deportação tem assustado famílias norte-americanas

Deportação tem assustado famílias norte-americanas

Imigrantes que se casaram com americanos e tiveram filhos correm o risco de serem obrigados a deixarem o país durante o governo Trump

Renúncia de vice-premiê mergulha Canadá em crise

Renúncia de vice-premiê mergulha Canadá em crise

O primeiro-ministro, Justin Trudeau, se expôs a um momento de fragilidade a menos de um ano para as eleições canadenses

Milei promete reduzir 90% dos impostos federais em 2025

Milei promete reduzir 90% dos impostos federais em 2025

Ele prometeu uma série de reformas estruturais e falou sobre sua intenção de firmar um acordo de livre-comércio com os EUA

pt_BRPortuguese