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Como foi 1º debate entre candidatos na Argentina

Milei, ultradireitista, contestou número de desaparecidos da ditadura, e Sergio Massa, pediu desculpas pela situação econômica
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Amanda Omura

Os candidatos à presidência da Argentina entraram em confronto no primeiro debate da campanha no domingo (1º).

À beira de um colapso econômico, a Argentina vai às urnas em 22 de outubro, sob tensão também política por conta do favoritismo do candidato da extrema direita, Javier Milei, que se declara "anarcocapitalista" e levanta bandeiras polêmicas como fechar o Banco Central.

Embora morno, o debate foi marcado pelo enfrentamento entre Milei, Sergio Massa (o atual ministro da Economia), e a direitista Patricia Bullrich. Os três foram os primeiros colocados nas primárias realizadas em agosto - uma votação obrigatória no país para definir os candidatos que concorrerão às eleições.

As principais pesquisas indicam Milei e Massa no segundo turno, mas Bullrich apareceu em segundo lugar em um novo levantamento publicado horas antes do debate.

Desaparecidos na ditadura
O candidato ultraliberal Javier Milei afirmou que os números de desaparecidos durante a ditadura militar do país estimado por organizações de direitos humanos é superestimado.

"Não foram 30 mil desaparecidos (como estimam organizações de direitos humanos). Foram 8.753", afirmou Milei.

Milei se baseou em números da Comissão Nacional para o Desaparecimento de Pessoas (Conadep), que quatro décadas atrás cifrou em cerca de 8 mil os desaparecidos, mas reconhecendo que o número poderia ser maior.

Níveis de vida dos Estados Unidos em 20 anos
Milei repetiu algumas vezes o modelo econômico que baseia sua campanha: dolarizar a economia, reduzir drasticamente gastos públicos, ampliar as privatizações e fechar o Banco Central.

As propostas não são novas, mas, desta vez, ele garantiu que o modelo pode levar a Argentina a "níveis similares aos Estados Unidos" em um período de 20 anos.

"Com esse conjunto de reformas, a Argentina, em 15 anos, poderia alcançar níveis de vida similares aos que têm Itália ou França. Em 20 (anos), Alemanha e, em 35 (anos), os Estados Unidos", disse.

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