O presidente Joe Biden disse nesta sexta-feira (1º) que os Estados Unidos vão usar aviões para lançar ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Na quinta, mais de 100 civis morreram durante distribuição de comida, em que o governo do Hamas acusou soldados israelenses de abrir fogo --o que causou grande repercussão internacional.
Ainda não foi informado quando exatamente vai acontecer essa entrega aérea de ajuda humanitária em Gaza. Autoridades dos EUA ouvidas pela Reuters em condição de anonimato disseram que poderia ocorrer nos próximos dias.
Também nesta quinta-feira, o governo do Hamas disse que o número de mortes em Gaza devido à guerra contra Israel chegou aos 30 mil. Entre as mortes, além de combatentes do grupo terrorista estão civis, crianças e mulheres.
Além do anúncio de ajuda humanitária, Biden também disse que está trabalhando no acordo de cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas para que mais ajuda humanitária possa entrar em Gaza. Em fevereiro, os EUA vetaram na ONU uma resolução de cessar-fogo apresentada pela Argélia.
O presidente ainda acrescentou que a ajuda que está entrando em Gaza não é suficiente.
David Deptula, um general aposentado da Força Aérea dos EUA, disse à Reuters que os lançamentos aéreos são algo que o militar dos EUA pode executar efetivamente. Deptula comandou a zona de exclusão aérea sobre o norte do Iraque.
"É algo que está totalmente dentro de sua missão. Há muitos desafios detalhados. Mas não há nada insuperável", disse o general aposentado.
Com pessoas comendo ração animal e até mesmo cactos para sobreviver, e com médicos dizendo que crianças estão morrendo nos hospitais de desnutrição e desidratação, a ONU disse enfrentar "obstáculos avassaladores" para fornecer ajuda.
Pelo menos 576 mil pessoas na Faixa de Gaza --um quarto da população da região -- estão a um passo da fome, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.