O Parlamento Europeu aprovou uma lei para restaurar ecossistemas naturais degradados no continente nesta quarta-feira (12). A medidas enfrentou oposição de eurodeputados de centro-direita.
A lei exige que os países adotem medidas para restaurar a natureza em um quinto de suas terras e mares até 2030. O objetivo é reverter o declínio dos habitats naturais da Europa (81% são classificados como estando em mau estado).
Os legisladores da União Europeia adotaram a proposta legal com o seguinte placar:
336 votos a favor,
300 contra,
13 abstenções.
Agora, os legisladores e os países membros vão negociar o texto final.
Cesar Luena, o principal negociador da lei no Parlamento do bloco afirmou que trata-se de uma vitória "para cientistas, para os jovens, para muitas empresas, para o setor agrícola".
Greta Thunberg
Luena agradeceu aos cientistas e aos jovens que apoiaram a lei, entre eles a ativista sueca Greta Thunberg, que compareceu à assembleia da União Europeia para acompanhar a votação.
Greta é uma ativista sueca pelo clima que ganhou destaque internacional por seu ativismo em defesa do meio ambiente e contra as mudanças climáticas. Ela ficou conhecida por iniciar os "protestos escolares pelo clima", nos quais faltava à escola todas as sextas-feiras para protestar em frente ao parlamento do país dela.
Proposta dividiu o Parlamento
Houve meses de campanhas sobre essa votação. Ficou claro que há divisões entre os países da União Europeia e entre os legisladores em relação à proposta.
O Partido Popular Europeu (PPE), o maior grupo de legisladores do Parlamento Europeu, liderou uma campanha para rejeitar o plano, alegando que prejudicaria os agricultores e colocaria em risco a segurança alimentar.