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Incêndios florestais deixam ao menos 38 mortos

Todo ano, o norte da Argélia é afetado por incêndios florestais, um fenômeno que se acentua sob o efeito das mudanças climáticas
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Amanda Omura

Incêndios florestais que atingem diferentes regiões da Argélia, no norte da África, já deixaram ao menos 38 mortos.

Nesta quinta-feira (18), bombeiros no norte e no leste do país tentam controlar focos ainda ativos, mas, segundo eles, as chamas estão crescendo.

Até agora, 30 pessoas morreram por conta das chamas na região de El Tarf, perto da Tunísia. Outros cinco perderam a vida em Souk Ahras, além de duas mulheres em Setif e uma em Guelma, no leste, segundo a Proteção Civil. Mais de 200 pessoas ficaram feridas, de acordo com a mídia local.

Na estrada para El Kala, perto de El Tarf, uma cidade de 100.000 habitantes, "um tornado de fogo levou tudo em poucos segundos, a maioria dos mortos foi cercada enquanto visitava um parque de animais", disse um jornalista local à AFP.

Dos 39 incêndios ativos no dia anterior em 14 'wilayas' (municípios) do norte do país, alguns ainda estavam ativos nesta quinta-feira e as autoridades temiam que o vento reavivasse as chamas nas áreas sob controle.
A gendarmaria fechou várias estradas nacionais devido às chamas e a Proteção Civil e helicópteros do exército intervieram em vários locais.

A Argélia também alugou um hidroavião russo Beriev BE 200 que, depois de ser usado em vários lugares sofreu uma falha e não voltará a funcionar até sábado, reconheceu na quarta-feira o ministro do Interior, Kamel Beldjoud.

O primeiro-ministro Ayman Benabderrahmane se deslocou nesta quinta-feira de manhã para El Tarf, segundo o canal de TV Ennahar.

Em Souk Ahras, também perto da fronteira com a Tunísia, um grande incêndio atingia a região montanhosa de Djebel Oued Chouk na segunda-feira (16) e levou pânico para moradores.

Cerca de 97 mulheres e 17 recém-nascidos que estavam em um hospital próximo a uma região florestal tiveram que ser retirados às pressas. Imagens de televisão mostraram os moradores saindo de suas casas em chamas, incluindo mães com os filhos nos braços. Nessa região, 350 famílias foram retiradas, segundo a mídia local.

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