O governo russo disse nesta sexta-feira (25) que as especulações ocidentais de que o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, teria sido morto sob suas ordens eram uma "mentira absoluta".
“Tudo isso é mentira absoluta e aqui, ao abordar esse assunto, é preciso se basear em fatos. Ainda não há muitos fatos. Eles precisam ser apurados no decorrer das ações investigativas”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em uma ligação com repórteres.
Nesta quarta-feira um jato executivo vinculado ao Grupo Wagner caiu na cidade de Tver, ao norte de Moscou. A Agência Federal Russa de Transporte Aéreo informou que Prigozhin estava entre os passageiros.
"Há agora muita especulação em torno deste acidente de avião e das trágicas mortes dos passageiros do avião, incluindo Yevgeny Prigozhin. É claro que, no Ocidente, toda esta especulação é apresentada de um ângulo bem conhecido", disse Peskov.
Cautela quanto à morte de Prigozhin
No dia do incidente, o especialista em relações internacionais Keir Giles pediu cautela sobre os relatos da morte do russo.
"Vários indivíduos mudaram seus nomes para Yevgeniy Prigozhin, como parte de seus esforços para ofuscar suas viagens, não vamos ficar surpresos se ele aparecer em breve num novo vídeo na África”, disse Giles à agência de notícias Associated Press.
Peskov reforçou durante a conversa a necessidade dos resultados dos testes feitos com os corpos.
Investigações
As causas do acidente não foram oficialmente divulgadas. Investigações foram abertas na Rússia para avaliar o material genético das 10 pessoas vitimadas com a queda da aeronave.
O presidente Vladimir Putin enviou na quinta-feira suas condolências à família de Prigozhin, quebrando o silêncio depois que o avião do líder mercenário caiu na noite de quarta-feira sem sobreviventes.
Peskov disse também que é impossível confirmar se Putin irá ou não no funeral de Prigozhin, já que o presidente russo tem "uma agenda muito lotada".