Javier Milei e Patrícia Bullrich, os candidatos das coligações políticas mais bem colocadas na corrida presidencial da Argentina, afirmaram que são contrários ao ingresso do país no grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Nesta quinta-feira (24), os presidentes dos países que formam os Brics anunciaram uma expansão. Os próximos a integrar são:
Arábia Saudita,
Argentina,
Egito,
Emirados Árabes e
Irã
A Argentina é governada por Alberto Fernández, um presidente de esquerda. No entanto, ele não é candidato a reeleição, e o mandato dele acaba no dia 10 de dezembro. A frente eleitoral governista é liderada pelo ministro da Economia, Sergio Massa.
Nas prévias das eleições, as frentes mais bem colocadas foram as dos seguintes candidatos:
Javier Milei: 30,04%
Patricia Bullrich: 28,27%
Sergio Massa: 27,27%
O que disse Milei?
Javier Milei, que ficou em primeiro, afirmou o seguinte: "Nosso alinhamento geopolítico é com os Estados Unidos e com Israel. Nós não vamos nos alinhar com comunistas. Isso não quer dizer que o setor privado poderá comercializar com quem bem entender".
Milei já afirmou no passado que prentende tirar a Argentina do Mercosul.
O que disse Patricia Bullrich?
A segunda colocada afirmou que Alberto Fernández é fraco e não consegue exercer a presidência e que, ainda assim, comprometeu a Argentina a entrar nos Brics "enquanto a Rússia invade a Ucrânia e com ninguém menos que o Irã".
Ampliação do bloco
Os seis países convidados terão de cumprir com algumas condições para participar do grupo a partir de 1º de janeiro de 2024.
A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandorm, já havia adiantado na quarta-feira (23) que os líderes dos países chegaram a um acordo para adotar diretrizes de ampliação do Brics.