O presidente Joe Biden lançou mais uma ofensiva para tentar frear a violência com armas de fogo, que desde janeiro já se repetiu em 110 tiroteios em massa com 150 mortos nos EUA.
O pacote veio em forma de ordem executiva contra o que ele chama de epidemia e constrangimento: novas instruções que visam a intensificar a verificação de antecedentes do comprador antes da venda.
Monterey Park, subúrbio de Los Angeles, que em janeiro foi palco de uma matança com 11 mortos, para assinar seu novo decreto. A intenção é válida e foi acolhida, mas dentro do escopo que é permitido ao presidente americano.
As limitações de Biden para resolver o assunto de forma definitiva esbarram na aprovação do Congresso dividido. O impasse prossegue agora na Câmara controlada por republicanos, que dificilmente levará adiante a proibição de rifles de assalto ou uma verificação de antecedentes realmente universal e eficaz.
Os críticos veem a ordem executiva de Biden como mais um ato simbólico. Ele instrui o procurador-geral Merrick Garland a garantir que as leis existentes sobre verificação de antecedentes sejam seguidas, sob o argumento de que, assim, menos armas acabarão nas mãos de traficantes e agressores domésticos.
“É apenas bom senso. Verifique se alguém é um criminoso violento, um agressor doméstico, antes de vender uma arma”, recomendou o presidente.
As ações executivas de Biden sobre o tema são recorrentes. Ele já assinou documentos para controlar armas fantasmas, expandir programas de intervenção contra a violência nas comunidades e armazenamento de armas de fogo.
O presidente apela por mais eficácia sobre as chamadas leis de bandeira vermelha, válidas em 19 estados e no Distrito de Columbia. Elas permitem o confisco temporário de armas de pessoas com comportamento violento e consideradas perigosas.
Biden tenta usar seus poderes para chegar o mais perto possível da lei aprovada em 1994, que endureceu as exigências para a aquisição de armas de assalto no país e expirou 10 anos depois, sem renovação.