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Plano motosserra: ajuste de Milei começa dia 1º

Porta-voz do governo disse que valores das novas novas tarifas de transporte público, energia, gás e água serão anunciados
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Amanda Omura

O chamado "Plano Motosserra", como foi chamado o pacote de ajustes fiscais anunciado na terça-feira (12) pela Argentina para tentar conter a crise econômica, entrará em vigor em 1º de janeiro de 2024, afirmou nesta quarta-feira (13) o porta-voz do governo da Argentina.

O plano, anunciado em uma mensagem de vídeo gravada pelo novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, inclui medidas como a desvalorização do peso, a redução de subsídio e o cancelamento de licitações.

Todas as medidas entrarão em vigor com a virada do ano, segundo anunciou nesta manhã o porta-voz do governo Argentino, Manuel Ardoni.

Ardoni disse ainda que, "nos próximos dias", o governo de Javier Milei também divulgará detalhes sobre as novas tarifas de transporte público, energia, gás e água - todas aumentarão consideravelmente de valor, principalmente pelo corte de subsídios a esses setores.

No anúncio do pacote de ajustes, Caputo não detalhou de quanto será a redução dos subsídios.

Apesar de críticas por conta das medidas duras, que, como o próprio Milei reconheceu, vai piorar a vida da população, o porta-voz do governo argumentou que a nova gestão encontrou "um paciente na UTI", em referência aos cofres públicos.

O plano era fortemente esperado pela população argentina e pelo mercado, que já esperava medidas duras e ortodoxas prenunciadas por Milei ao longo da campanha para tentar conter a crise econômica do país, uma das piores da história recente do país que mergulhou a Argentina em um espiral de hiperinflação e aumento da pobreza.

No discurso de posse, no domingo (10), Milei disse que "não há dinheiro" no país e pediu que a população se preparasse para tempos difíceis antes de que a situação melhore.

Pacote de ajustes
O ajuste foi chamado na imprensa de "Plano Motosserra", em referência à motosserra que Milei exibiu na campanha para presidente e que simbolizava o que o, à época candidato, queria fazer com os gastos públicos — cortá-los brutalmente.

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