Parlamentares pediram que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, renuncie ao cargo após a vice-premiê e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, pedir demissão. O partido de Trudeau se reuniu nesta segunda-feira (16) para discutir o futuro do governo.
A demissão de Freeland mergulhou o Canadá em uma crise política. Mais cedo, a agora ex-vice-premiê afirmou que divergia de Trudeau sobre como ele pretende enfrentar a ameaça do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 25% aos produtos canadenses.
"Discordamos sobre o melhor caminho a seguir para o Canadá", escreveu Chrystia em uma rede social. "Nosso país enfrenta hoje um grande desafio. A nova administração americana está aplicando uma política de nacionalismo econômico agressivo."
Com isso, o governo de Trudeau entrou em uma de suas maiores crises desde que ele assumiu o poder, em novembro de 2015. Além disso, o primeiro-ministro se expôs a um momento de fragilidade a menos de um ano para as eleições canadenses.
Atualmente, pesquisas apontam que o Partido Conservador, de oposição, deve vencer as próximas eleições. Ao mesmo tempo, Trudeau perdeu popularidade por causa do aumento no custo de vida dos canadenses.
Para agravar a situação, dados financeiros divulgados nesta segunda-feira apontam que as contas do governo fecharam com déficit de US$ 43,4 bilhões (R$ 267 bilhões). O número veio 50% acima do projetado. A previsão de crescimento do PIB também foi reduzida de 1,9% para 1,7%.
Diante deste cenário, dois membros do Partido Liberal, de Trudeau, disseram à emissora de TV CBC que o primeiro-ministro deveria renunciar.
Caso decida permanecer no cargo, Trudeau ainda pode ser alvo de um voto de desconfiança no Parlamento, no início de 2025. A moção pode ser votada caso partidos de oposição se unam contra o primeiro-ministro.
"Não podemos aceitar esse tipo de caos, divisão, fraqueza, enquanto encaramos a ameaça de uma tarifa de 25% de nosso maior parceiro comercial", disse o líder conservador Pierre Poilievre.
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