A Rússia diz que derrubou dois drones que tinham como alvo o Kremlin, em Moscou, na noite de terça-feira (2) e acusa a Ucrânia de tentar matar o presidente russo, Vladimir Putin.
Imagens não confirmadas e divulgadas em redes sociais parecem mostrar um objeto voando sobre o Kremlin antes de uma pequena explosão.
A Ucrânia diz que não teve nada a ver com possíveis ataques de drone.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse por meio de um porta-voz que a Ucrânia estava se concentrando em libertar seu próprio território depois que a Rússia invadiu o país no ano passado.
Outro funcionário disse à BBC que o incidente relatado indicava que a Rússia poderia estar "preparando uma provocação terrorista em larga escala" na Ucrânia.
A Rússia disse que os dois drones que visavam o Kremlin foram desativados usando tecnologias de radares eletrônico.
O porta-voz de Putin disse que o presidente russo não estava no Kremlin no momento do incidente.
Em um comunicado, o Kremlin disse: "Ontem à noite, o regime de Kiev tentou realizar um ataque à residência do presidente da Federação Russa no Kremlin com veículos aéreos não tripulados".
Moscou disse que considerou isso "como um ato terrorista planejado e uma tentativa de assassinato do presidente", e a Rússia "se reserva o direito de tomar medidas retaliatórias onde e quando for considerado necessário".
Putin tem uma proteção pessoal muito alta e o editor da BBC para a Rússia, Steve Rosenberg, diz que é surpreendente pensar que os drones possam ter chegado perto do Kremlin.
Putin continuaria a cumprir sua agenda normalmente, disse o Kremlin. Ele estava trabalhando em Novo Ogaryovo, nos arredores de Moscou, na quarta-feira.
Imagens postadas nas redes sociais russas mostraram fumaça sobre o centro de Moscou nas primeiras horas da quarta-feira.